O império da ditadura estilhaça como um castelo de vidro. Promessa de um futuro bom!

Àqueles que questionam o que mudou com a manifestação deste domingo no Rio de Janeiro, a resposta é categórica: muita coisa mudou. Além de sedimentar e fixar a mensagem para o mundo de que o povo brasileiro vive sob uma ditadura, o maior efeito é a injeção de coragem que cada cidadão de bem desse país recebeu.

Coragem para falar o que pensa, resgatando o direito à livre manifestação do pensamento, próprio das nações democráticas – sem o receio de ser preso ou ter a sua reputação assassinada pelo poder estatal vigente.

Muito antes de ser detido no aeroporto de São Paulo, em fevereiro, Sérgio Tavares, o repórter português, já era um verdadeiro porta-voz do povo brasileiro junto à comunidade europeia. Porém, a forma como a sua detenção em solo brasileiro repercutiu, fez furar a bolha promovida pela macabra imprensa internacional (que joga no time da Globo).

Junto com a detenção do repórter português, chegou a informação da ditadura velada imposta por um ditador da toga, em conluio com um presidente simpático às ditaduras vizinhas – e uma imprensa como cúmplice.

As perseguições, as prisões ilegais, os processos instaurados ao arrepio da lei, os veículos de comunicação e jornalistas censurados – tudo isso o planeta ficou sabendo ao mesmo tempo. A Suprema Corte do país e o Tribunal Superior Eleitoral se tornaram verdadeiros tribunais de exceção.

Elon Musk já sabia disso tudo e trouxe o assunto para os Estados Unidos. Pronto! Finalmente a ditadura brasileira aconteceu no mundo!

Virou um escândalo em todos os continentes e os holofotes voltados para os conflitos no Oriente Médio, tiveram que dividir espaço com o fim da democracia no Brasil e a imposição de um estado totalitário, resultado de eleições manipuladas.

O ponto alto dessa história (e não estória, porque é História mesmo), é a interferência do governo americano no processo eleitoral brasileiro. O que para muitos é novidade, já é de domínio público há muito tempo.

Em junho de 2023 o Financial Times publicou que o Governo Biden procedeu a uma campanha coordenada, mas não anunciada, em várias ramificações do governo dos EUA, como os militares, a CIA, o Departamento de Estado, o Pentágono e a Casa Branca, para garantir que as eleições fossem realizadas com as urnas eletrônicas que se apresentavam, sem o voto impresso auditável.

Pressionaram Bolsonaro a aceitar todo um processo eleitoral que se avizinhava, repleto de nulidades, cerceando uma parte em detrimento da outra. “Foi um empenho muito incomum”, disse Michael McKinley, uma ex-autoridade de alto escalão do Departamento de Estado e ex-embaixador no Brasil.

Pasme, mas essa matéria do Financial Times apenas estampou num veículo da grande mídia o que já vinha sendo denunciado por jornais menores desde dezembro de 2022. Ainda assim, mesmo estampando as páginas desse influente jornal, não recebeu a devida atenção.

Agora, com a informação de que aquela interferência no país tupiniquim, que durou mais de um ano de operação, resultou nessa ditadura e ataque à democracia no maior país da América do Sul, a interferência de Biden toma outras dimensões.

Recentemente, Jackson Vasconcellos, analista político, ao citar o falecido Márcio Moreira Alves em um de seus artigos, rememorou a sua saudosa, mas bem oportuna opinião, de que “o repórter é pago para informar o que os que estão nos postos de decisão pensam, o que pretendem fazer e, se tiver capacidade de análise e gosto pelo risco, para prever o que acontecerá”. Nessa esteira de pensamento, vamos nos atrever a fazer um prognóstico do que virá pela frente.

Nesse primeiro momento, sanções serão impostas ao Brasil e Biden sairá desgastado desse imbróglio, mas quando Trump assumir o poder, irá dedicar especial atenção à recuperação da democracia no Brasil.

Vai cair a ficha para o povo americano que por trás dessa ditadura imposta no nosso país está a China, que o Brasil é o celeiro do mundo – a grande fazenda que produz para a humanidade comer – e que estamos localizados geograficamente muito próximo dos EUA. Esse cenário assumirá contornos de que a própria soberania americana está em risco.

Nosso futuro está marcado nas estrelas.

Promessa de um futuro bom!