O ex-pupilo de Cesar Maia sempre buscou de maneira obstinada a fama, o sucesso e o dinheiro. Tentou de tudo, até mesmo ser ator da Rede Globo, onde não passou de algumas cenas como figurante.
Paralelamente, virou militante da ‘Juventude Cesar Maia’, onde ganhou a simpatia do então prefeito do Rio de Janeiro e foi premiado com a nomeação para a subprefeitura da Zona Oeste, em 1993, quando tinha apenas 24 anos de idade. É o que precisava para deslanchar no mundo da política, da falcatrua e da corrupção.
Em 1996, foi o vereador mais votado do Rio de Janeiro, com uma campanha azeitada por muito dinheiro e o apoio incondicional do prefeito.
Dois anos depois, em 1998, virou deputado federal, reeleito em 2002.
Aproveitou o ‘mensalão’ para firmar-se como ferrenho crítico de Lula e para defender a imagem de que era um ardoroso combatente na luta contra a corrupção. Mera encenação, talvez resquício de sua curta temporada na Globo.
Em 2006, forjou sua lucrativa união com Sérgio Cabral Filho, que eleito governador, nomeou-o secretário de Esportes e Turismo.
Em 2008, com apoio do governador e de Lula, elegeu-se prefeito.
Na prefeitura, parceiro de Cabral e Lula, desandou para os braços dos empreiteiros.
A delação da Odebrecht incrimina fortemente o ex-prefeito, notadamente nas obras da Copa e das Olimpíadas.
Antes de deixar a prefeitura, tentou articular uma mudança para os Estados Unidos. Na realidade era uma fuga, com o claro objetivo de dificultar o andamento das investigações em que está envolvido.
Não deu certo e tudo caminha para um reencontro com Cabral, desta feita no Complexo Penitenciário de Gericinó.
Amanda Acosta
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da Redação