O escândalo do caso do jornalista português e o Chico Pinheiro fazem a Direita Portuguesa cruzar os mares
27/02/2024 às 20:59 Ler na área do assinanteA inescrupulosa reação do jornalista, outrora com algum respeito, Chico Pinheiro, ao comemorar a apreensão, pela Polícia Federal, do jornalista português Sergio Tavares ao desembarcar no Brasil, tem vários simbolismos a se observar.
A começar pelo imbróglio diplomático promovido pela ação desnudada de qualquer motivação justificada da própria PF.
A ação foi tão atrapalhada que a sua nota emitida demonstrou um mínimo de despreparo para lidar com a situação.
Desconhecimento da lei brasileira que permite trabalho de até 90 dias de profissionais da imprensa europeia no país, desinformação para o público, retenção irregular do passaporte do jornalista, questionamentos sem quaisquer indícios de crimes, enfim, uma ação que em nada acrescentou qualquer elemento à segurança nacional, exceto, para dar luz ao que todos sabem, quanto ao monitoramento obscuro e inexplicável que acontece no Brasil, especialmente com relação à censura que emite cada vez mais ondas de sua existência.
Muito grave, também, é a inércia da imprensa brasileira, e das associações dos jornalistas, que apoia incondicionalmente a foice aplicada à Liberdade de Imprensa.
O mau-caratismo demonstrado pelo jornalista Chico Pinheiro que se regozija publicamente pela apreensão de um colega de profissão, beira a imoralidade humana.
Pinheiro, no entanto, não se ateve apenas a sua condição de calhordice. Ele deixa claro na expressão de sua postagem para criticar o colega, o seu lado ideológico que trabalha contra um viés contrário ao seu doentio esquerdismo. Ele alude ao Partido Chega, da direita portuguesa, que tem o deputado André Ventura como seu presidente e líder, como a direita vem incomodando na terrinha. O partido já chegou à condição de destaque na Assembleia da República Portuguesa (terceiro maior partido do país), e junto a outras legendas conservadoras, cada vez mais amplia sua vantagem na casa legislativa portuguesa.
O desespero do jornalista militante, o “democrático” Chico que me mantém bloqueado de suas redes sociais, vem após a renúncia do primeiro-ministro esquerdista português, António Costa (Partido Socialista), envolvido em escândalos de corrupção nas investigações do MP português. Isso obrigou o presidente, Marcelo Rebelo de Sousa (Partido Social Democrata) a convocar novas eleições no país. E o Chega! vem se destacando em todas as pesquisas, ajudando na condição de tirar o domínio da esquerda portuguesa, no poder desde 2015.
Chico Pinheiro, certamente antenado com os acontecimentos, mostra seu temor, ou seja, que a direita se fortaleça ainda mais no Brasil, por isso seu “ataque de pelancas” ao citar o partido Chega na sua postagem.
Calma, Chico, mais do que trazer a direita portuguesa para se unir à direita brasileira, você chamou a atenção disso. Atenção, Chico, Chega, sim! Aqui Chega, sim!!
Já o jornalista Sergio Tavares já carregou sua nau levando notícias da direita brasileira, a estrondosa participação popular nas ruas, cruzando os mares de volta para noticiar aos portugueses e aos europeus os acontecimentos daqui.
Alexandre Siqueira
Jornalista independente - Colunista Jornal da Cidade Online - Autor dos livros Perdeu, Mané! e Jornalismo: a um passo do abismo..., da série Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa! Visite:
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