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O depoimento de Feira trucidou qualquer possibilidade de dias melhores para Antônio Palocci.
O marqueteiro esclareceu ao juiz Sérgio Moro que era o ex-ministro, a mando de Lula, quem negociava com Dona Xepa o pagamento de seus serviços.
Segundo ele, no primeiro encontro que teve com Lula, em 2005, o ex-presidente mandou esta: ‘Olha, qualquer detalhe mais burocrático, depois o Palocci conversa com você' (veja aqui).
Na sequência Lula e João Santana, devidamente representados por seus prepostos, Palocci e Mônica Moura, fecharam o acerto, ficando combinado que o pagamento seria feito através de propina da Odebrecht.
Assim, em meio a esse quadro, para diminuir sua temporada no xilindró, Palocci provavelmente vai delatar.
Diante desta possibilidade, a artilharia dos insanos militantes petistas já mira forte no ex-ministro.
Propagam que Palocci gostou da vida boa de consultor e deixou o partido de lado e que, preso, vai virar as costas para o partido e se transformar num novo Delcídio.
O detalhe é que Palocci era o operador do dinheiro de Lula.
O PT, os petistas e a militância atiram de olhos vendados tentando acertar alguma coisa.
Falam de tudo e de todos, só esquecem de olhar o próprio umbigo.
Gonçalo Mendes Neto
goncalo@jornaldacidadeonline.com.br