Conforme já noticiado exaustivamente, existe uma firme disposição do ex-ministro Antonio Palocci de encurtar sua temporada na prisão – que não será breve – com uma delação premiada.
Diferentemente de Marcelo Odebrecht, hoje plenamente adaptado ao ambiente carcerário, Palocci, mesmo preso há quase sete meses, permanece deslocado, não conversa com ninguém e, por vezes, recusa-se até ao banho de sol.
Além disso, sua esposa Margareth tem insistido com frequência para que dê encaminhamento ao acordo de delação premiada. Ela não admite que Lula seja poupado e exerce forte pressão.
O advogado José Roberto Batochio, que defende Palocci e Lula, hoje com interesses antagônicos, foi o portador de um recado do ex-ministro para o ex-presidente.
A última chance para que fique calado está no deferimento pela 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) do seu pedido de liberdade, que será apreciado nos próximos dias.
Lula, ciente do perigo que representa uma delação de Palocci, tem trabalhado nos bastidores, através de seus prepostos, para livrá-lo da cadeia.
A movimentação de Lula é mais uma notória demonstração de tentativa de obstrução da Justiça.
Caso não tenha êxito, não restará outra alternativa a Palocci, a não ser avançar na negociação da delação premiada.
O ex-ministro certamente tem escabrosas revelações sobre os maus feitos no setor financeiro, do qual foi importante interlocutor.
da Redação