A convocação de Bolsonaro: Motivo de redenção ou o descortinar do autoritarismo vigente? (veja o vídeo)
13/02/2024 às 20:27 Ler na área do assinanteQuando Jair Bolsonaro convocou o povo de São Sebastião e região, litoral norte de São Paulo, para um encontro após o depoimento que daria na Polícia Federal no caso da “importunação” da baleia Jubarte, no dia 7 de fevereiro, a reação política foi imediata.
A Polícia Federal cancelou o depoimento daquele dia, remarcando para o dia 27 de fevereiro e em outro local.
O tiro pode ter saído pela culatra!
O encontro do dia 7 não só aconteceu, como foi grandioso. A expectativa seria como se dará o dia do depoimento em São Paulo.
Estrategicamente, até para evitar falações de provocações, além de ser um domingo (que julgo, pelo evento, ser um dia mais do que útil), Jair Bolsonaro convoca o povo para novo encontro, porém, dois dias antes do depoimento, e em plena Avenida Paulista. A se confirmar, e tudo se apresenta para isso, o encontro será gigantesco.
Mas, e agora, qual será a “resposta política” que sempre emana do STF ou da Polícia Federal?
Poderão criar algum embaraço para impedir a reunião do povo?
Será que imaginam alguma maneira “judicial” de tirar Bolsonaro de cena, ainda que temporariamente, para evitar que o evento aconteça?
E, assim, já sabemos o que ficará ainda mais claro... Fica a dúvida no ar, aguardando o desenrolar do próximo capítulo.
Uma coisa é certa: nas próprias palavras do presidente, ops, ex-presidente, o encontro será um declarado “ato pacífico em defesa do nosso Estado Democrático de Direito”, e emendou com “... eu quero me defender de todas as acusações que têm sido imputadas à minha pessoa nos últimos meses...”
No meu entendimento, o encontro será como uma sessão judiciária extraordinária, onde será dado voz à defesa num plenário realista de um STF que está fechado ao princípio da PROTEÇÃO AOS DIREITOS FUNDAMENTAIS em escancarada afronta à Constituição.
Cabe, ainda, ressaltar que Jair Bolsonaro pede, com todas as letras, que o ato seja pacífico, que o traje seja o verde e o amarelo, e que não compareçam com faixas ou cartazes contra quem quer que seja.
Adendo meu: caso apareça alguém portando cartazes ou faixas “contra quem quer que seja”, que se solicite gentilmente à pessoa a entrega do item ou que se retire do cenário.
Assista:
Alexandre Siqueira
Articulista
@ssicca no Twitter
Autor dos livros Perdeu, Mané! e Jornalismo: a um passo do abismo... da série Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa!