Na manhã desta terça-feira (13), a ação conjunta da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro resultou na prisão de Lívia Moura sob a acusação de estelionato.
Irmã do ex-jogador Léo Moura, Lívia foi detida em sua residência, localizada na Estrada dos Três Rios, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio, por comercializar ingressos falsos para camarotes na Sapucaí.
Durante a operação, a polícia apreendeu diversas pulseiras na casa da suspeita. A solicitação de prisão temporária, emitida pela polícia após o avanço das investigações, foi aprovada pelo judiciário.
Conforme os depoimentos de vítimas na 19ª DP (Tijuca), foi cobrado o valor de R$ 5 mil por um par de ingressos. Lívia prometia inserir os nomes dos compradores numa lista de convidados especial, porém, ao chegar ao evento, as vítimas percebiam que haviam sido enganadas.
Uma das vítimas, ao procurar a delegacia, relatou ter questionado Lívia sobre como os ingressos seriam entregues, recebendo como resposta que um QR Code seria enviado por WhatsApp, o que nunca ocorreu.
"Domingo, segunda e sábado: R$ 4,5 mil. Outras pessoas que compareceram à delegacia relataram que ela fornecia convites para outros eventos, considerando a situação uma surpresa. No entanto, ela já havia cometido tais fraudes anteriormente", revelou uma vítima.
O Camarote Número 1, por meio de nota, declarou que Lívia Moura nunca foi colaboradora da empresa, desvinculando-se totalmente dela, e reforçou que o site oficial é o único meio legítimo para a aquisição de ingressos. A empresa também informou estar acompanhando o caso de perto e que está à disposição das autoridades.
Desobediência à Ordem Judicial
Já em 5 de fevereiro, o Ministério Público do Rio havia solicitado a conversão da prisão domiciliar de Lívia, decretada em 2022, para prisão preventiva, devido à sua falha em usar a tornozeleira eletrônica exigida pela Justiça.
O MPRJ destacou que Lívia "não compareceu, tampouco justificou sua ausência" ao local designado para a instalação do dispositivo.
Esquema de Ingressos Falsos no Rock in Rio
Em outro processo, na 16ª DP (Barra da Tijuca), Lívia Moura é identificada como líder de um esquema de clonagem do site oficial do Rock In Rio, comercializando ingressos falsos.
No início do festival, a Polícia Civil registrou que ao menos 19 indivíduos tentaram adentrar a Cidade do Rock com ingressos adquiridos pelo site fraudulento ligado à irmã do ex-jogador.
A estimativa do MPRJ é que Lívia tenha lesado milhares de pessoas, com prejuízos que rondam os R$ 300 mil.
Léo Moura, ex-jogador, manifestou-se sobre o caso de sua irmã em suas redes sociais, enfatizando sua desaprovação em relação às ações de Lívia.
"Só quero deixar claro novamente que os problemas da minha irmã são absolutamente dela, infelizmente para a tristeza da família. Não me envolvo e nem compactuo com isso. Se errou, que pague pelos erros e não cometa novamente", expressou Léo Moura.
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