“Se foram na casa do Jordy porque um manifestante o chamou de ‘meu líder’, imagina com o que está por vir”, diz deputado

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O clima de tensão impera em Brasília.

A perseguição aos parlamentares de oposição promete novos capítulos nos próximos dias.

Um jornalista militante, digno representante da velha e carcomida imprensa, comemorou em matéria publicada no veículo em que trabalha:

“Achou pouco? PF prepara mais operações contra bolsonaristas.”

De fato, nesta segunda-feira (29) o alvo foi o vereador Carlos Bolsonaro.

Sobre o assunto, uma interessante matéria foi publicada pelo jornalista Paulo Cappelli, sob o título ‘Deputado alerta a família sobre risco de serem acordados pela PF’.

O clima é de apreensão em Brasília após o STF determinar buscas em endereços do deputado Carlos Jordy. Nos corredores do Congresso, circula a informação de que nova operação policial, mirando simultaneamente meia dúzia de parlamentares, estaria prestes a ser deflagrada.
Seria uma extensão da que levou a Polícia Federal (PF) à casa e a gabinetes de Jordy. Na última quarta-feira (24/1), em gesto simbólico, ele foi reconduzido ao posto de líder da oposição na Câmara.
Um deputado federal de primeiro mandato alertou a família sobre a possibilidade de serem acordados pela Polícia Federal. Ele disse que, após a operação contra Jordy, a tendência é que mais parlamentares, como ele próprio, citado em inquérito, tornem-se alvo.
‘Se foram na casa do Jordy porque um manifestante o chamou de ‘meu líder’, imagina com o que está por vir com os outros. Já avisei a todos lá em casa’, disse, sob reserva.
Por ora, não há o receio de prisões preventivas. Mas sim de buscas e apreensões de telefones, computadores e documentos no âmbito da Operação Lesa Pátria.
O inquérito conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mira atos antidemocráticos. Não apenas o 8 de Janeiro em si, mas articulações prévias que teriam contribuído para a manifestação que culminou com as depredações.
Como a investigação é sigilosa, sem que se saiba quais são os elementos de prova, fica difícil prever para qual lado a caneta de Moraes vai apontar. Jordy, até onde se sabe, transformou-se em alvo após mensagens trocadas com Carlos Victor de Carvalho. Conhecido como CVC, o suplente de vereador em Campos dos Goytacazes, no Rio, teria articulado protestos antidemocráticos.
Após a operação contra Carlos Jordy, parte da oposição iniciou um movimento para pressionar pela instauração da chamada CPI do Abuso de Autoridade. A comissão parlamentar de inquérito teria objetivo de mirar supostas ilegalidades do Judiciário e de botar uma lupa sobre o ministro Alexandre de Moraes.

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