A última cartada de Roberto Campos Neto para evitar o desastre

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Roberto Campos Neto está dando a última cartada para tentar salvar a autonomia do Banco Central e a economia brasileira. Ele articula uma PEC para tirar de Lula e fiscalização do Bacen e dar ao Congresso Nacional. Seu mandato termina no final do ano e corremos contra o tempo.

Lula e Haddad querem intervir no Banco Central para determinar artificialmente a taxa de juros. Se isso acontecer, o governo poderá imprimir moeda à vontade  e a inflação vai explodir no bolso dos brasileiros, especialmente dos mais pobres.

Com o Banco Central independente, o preço dos alimentos já está explodindo. O arroz subiu 25%, o feijão, 13% e o azeite 37%. Não é difícil adivinhar quem ficou mais pobre para comer a mesma coisa que comia no ano passado.

Uma das estratégias de Lula é passar a "fiscalização" do Banco Central para o Conselho Monetário Nacional, composto, adivinhem, pelo próprio Haddad, por Simone Tebet e por Roberto Campos Neto. Ter maioria do CMN composta por membros indicados por Lula é intervenção política no Bacen.

Colocar a fiscalização no Congresso Nacional é esvaziar as tentativas de aparelhamento e destruição que o governo do PT quer fazer no Brasil. O desafio é grande, mas o risco que corremos por não fazê-lo é ainda maior.

Ramiro Rosário. Vereador em Porto Alegre.

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