Setor de tecnologia manterá demissões em massa em 2024

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Apesar do término do "Ano da Eficiência" no setor tecnológico, as recentes demissões em empresas como Google e Amazon indicam que os cortes de empregos persistirão em 2024, especialmente com os investimentos significativos em inteligência artificial generativa.

Especialistas e analistas do setor preveem que, neste ano, as demissões ocorrerão de forma mais seletiva e em menor escala. Empresas que estão intensificando seus esforços na corrida pela IA tendem a realizar mais cortes, equilibrando os altos custos investidos em tecnologia.

A Alphabet, controladora do Google, anunciou na semana passada planos de focar em suas principais prioridades. Essa estratégia incluiu a demissão de aproximadamente mil funcionários em várias divisões, abrangendo a equipe do assistente de voz, do smartphone Pixel e do dispositivo wearable Fitbit.

Recentemente, a unidade de publicidade do Google também sofreu cortes significativos, conforme divulgado nesta terça-feira, afetando centenas de empregos na divisão.

A Amazon.com realizou demissões em várias áreas, incluindo suas operações de streaming e estúdios de cinema na semana anterior. Além disso, cortes foram feitos na plataforma de transmissão de vídeo ao vivo Twitch e na unidade de audiolivros Audible, segundo relatos da imprensa.

Até o momento, as demissões no setor tecnológico ultrapassaram 7.500 funcionários só em janeiro, de acordo com o site Layoffs.fyi, que acompanha o setor.

Gil Luria, analista da DA Davidson & Co, destaca que as empresas não querem ficar para trás na revolução da IA, priorizando esses recursos, mesmo que isso signifique sacrificar outras iniciativas.

Google e Amazon estão investindo de forma agressiva em IA. O Google introduziu recentemente o modelo Gemini para competir com a Microsoft, enquanto a Amazon desenvolve um modelo chamado "Olympus" para rivalizar com o GPT-4 da OpenAI, criadora do ChatGPT.

Em 2023, o setor tecnológico nos Estados Unidos eliminou 168.032 empregos, liderando as demissões em massa em todos os setores, conforme um relatório da Challenger, Gray and Christmas.

As demissões foram impulsionadas por cortes em grandes empresas, como Alphabet, Microsoft, Amazon e Meta. Mark Zuckerberg, CEO da Meta, classificou 2023 como o "Ano da Eficiência".

Beatriz Valle, analista da GlobalData, não espera um ajuste de contas semelhante ao do ano passado, quando as empresas de tecnologia demitiram muitos dos funcionários contratados durante a pandemia.

Daniel Keum, professor assistente na Columbia Business School, observa que novas tecnologias geralmente levam uma década ou mais para gerar retornos. Há dúvidas sobre se a IA será uma exceção, apesar do otimismo de muitos especialistas.

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da Redação Ler comentários e comentar