Há anos alertamos: todas as vezes em que criminosos - inclusive os mais depravados, violentos, perigosos e reincidentes - passaram a ser tratados com leniência, permissividade e privilégios, o próximo passo sempre foi jogar o Estado sobre cidadãos inocentes, cujo “crime” foi exercer direitos - principalmente a liberdade de expressão.
Em outras palavras: nos convencem que não se deve prender o traficante, o assassino ou o corrupto porque “prisão não ressocializa”, as cadeias estão “superlotadas” e são necessárias “penas alternativas” mais humanas.
Mas o uso do pronome incorreto, uma piada feita em um show de humor, um comentário em uma mesa de clube ou um “joinha” em um grupo de WhatsApp são delitos que devem ser punidos com cadeia dura, exílio ou a destruição física, financeira e moral do “ofensor”.
Assim chegamos ao dia de hoje - a um estado de coisas que é, por sua própria natureza, insustentável.
Roberto Motta. Engenheiro. Autor de 5 livros. Comentarista da Jovem Pan News. Ex-consultor do Banco Mundial e ex-Secretário de Estado. Pai.
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