Ele não mordeu a isca

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É certo que há um monte de"funâmbulos da cruz"  (parafraseando Guerra Junqueiro) que se aproveitaram (e ainda o fazem) do momento apoteótico de Jair Bolsonaro no Brasil para "surfar" na onda e ganhar alguma notoriedade.

Parte deles ainda está por aí fazendo críticas veladas ao presidente.

Outra parte se debandou  fazendo críticas pesadas e injustas, supondo que Jair Bolsonaro foi covarde, amarelou para proteger Flavio Bolsonaro, etc.

Porém, um olhar mais equilibrado, fará uma síntese lúcida e realista.

De fato, o acidente não foi a eleição de Bolsonaro. Até porque a avalanche dos girassóis que invadia os aeroportos do Brasil entre 2016 e 2018 era impossível de ser contida.

O "acidente" foi a fusão da mão de Deus com o "histórico de atleta" salvar a vida do Bolsonaro. Ele ter escapado não estava nos planos.

O que se seguiu após a indelével eleição de 2018, foi uma sucessão de armadilhas que eram colocadas no caminho do presidente, para provocar o impeachment dele ou a consolidação da narrativa do "golpe militar" a partir de uma ação mais ríspida que ele tomaria se fosse provocado.

Conhecido como reativo e pavio curto, seria facilmente induzido ao erro.

E tinha gente que, apesar de estar com ele no governo, nunca esteve de fato com ele em essência.

Portanto, torcia para que acontecesse, almejando o substituir na tão desejada cadeira.

Seria preso como ditador e antidemocrático e, de tabela, abortaria a ascensão política do espectro genuinamente de direita no Brasil.

O Rodrigo Maia tentou de todos os modos. Até hoje me lembro das entrevistas com aquele jeito sínico de quem está preparando alguma coisa.

O Careca lançou a isca mais perigosa, o indeferimento da indicação de Ramagem. Era praticamente impossível ele não cair. Ele não caiu.

Naquele 7 de setembro em que ele foi enfático no discurso, tudo se organizou para o incriminar como um agente político que incitava a violência política e que endossava "atos antidemocráticos".

Ele fez aquela carta à Nação e deu um xeque mate. Mesmo que muita gente não tenha entendido até hoje.

Jair Bolsonaro governou um país de um lado, gerando a economia, fomentando a infraestrutura e o espírito patriótico no Brasil. Isto, enfrentando uma pandemia mundial, uma guerra e uma crise hídrica. Sem falar na quantidade de traidores que o abandonaram no meio da guerra, na tentativa de o enfraquecer.

Mas por outro lado, a batalha era bem mais difícil de ser vencida, era contra um sistema que queria a todo custo, o tirar do posto de presidente da República. E não apenas isso, queriam que ele fosse preso, humilhado. Ele e seus apoiadores. Como ficou comprovado na CPI, até as forças armadas, que gozavam da confiança do presidente e nossa também, não estavam com ele. Ainda bem que ele não tentou nada e ficou nas 4 linhas.

As armadilhas foram inúmeras, mas ele não caiu em nenhuma delas. Graças a Deus.

Parabenizo a Jair Bolsonaro pela resistência e pelo altíssimo poder de aglutinação e reprodução do ideal judaico-cristão, mas acima de tudo, o parabenizo por viver por tantos anos, conhecendo o ninho de cobras que há no âmbito político, cultural e jurídico no Brasil, sem se corromper.

Parabéns porque nós, somente através de você, poderíamos ter os olhos desvendados sobre o que sempre aconteceu nas entranhas do nosso país.

Agora, depois das revelações da existência da "máquina de moer" do sistema (Andreazza), com um poder imensurável de destruição de reputação, podemos a partir de sua incrível resiliência e seu espírito combatente mas estratégico, te alçar não mais ao posto de mito, mas de herói nacional.

Obrigado por não cair na armadilha.

Obrigado por quebrar o "aquário". Você é um gênio!

Sergio Junior. Teólogo, conselheiro, líder, livre pensador.

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da Redação Ler comentários e comentar