O Brasil contra Israel: A esculhambação da diplomacia e a vergonha nacional
12/01/2024 às 10:07 Ler na área do assinanteNas raras vezes em que vi uma TV ligada, nos últimos anos, nunca foi de maneira voluntária.
Essa praga infesta padarias, restaurantes, supermercados, como se houvesse lei obrigando - ainda não existe, mas quem sabe? - os pobres cidadãos a serem envenenados com o lixo expelido pela TV aberta.
Hoje, num supermercado, vi horrorizado numa tela enorme o atestado da decadência da nano diplomacia brasileira.
Confesso que me senti envergonhado por ser brasileiro.
Na telona, uma moça qualquer informava que Lula declarou apoio à África do Sul contra Israel, em encontro com o embaixador da palestina, Ibrahim qualquer coisa.
A palestina, que o Ibrahim representa, move uma ação, isolada do mundo civilizado, que pede à Corte Internacional de Justiça que condene Israel por 'atos genocidas.'
E Nárnia, o braziu de Lula, corre para apoiá-lo.
Acusa Israel insanamente de violar regras de Crime de Genocídio, uma inversão surrealista da realidade que só poderia sair mesmo da cabeça de apoiadores de terroristas.
E de seus raros parceiros oportunistas, como o atual desgoverno brasileiro.
Como apontou corretamente a Confederação Israelita do Brasil imediatamente após o comunicado do Itamaraty, essa ação deveria ser movida contra os verdadeiros genocidas, os membros do Hamas.
O oportunismo escabroso de Lula acaba com décadas de um posicionamento neutro, cauteloso e sábio do país em relação a conflitos internacionais.
E coloca o país numa vergonhosa classificação, a de uma nação antissemita tosca.
Mas não se trata de antissemitismo.
É só oportunismo mesmo.
Que embrulha o estomago de qualquer um, como o meu, diante daquela telona que expelia essa atrocidade tranquilamente no cérebro de inocentes cidadãos.
Marco Angeli Full
https://www.marcoangeli.com.br
Artista plástico, publicitário e diretor de criação.