Que delícia de estado! Lula fantasiado de democrata, pintado e maquiado pelo STF
11/01/2024 às 08:01 Ler na área do assinante“O Brasil está a caminho de converter-se no país mais ocidental da África”. (Delfim Netto).
No livro a “Biblioteca dos Ditadores”, Daniel Kalder nos conta, lá na pagina 292 que:
- “Em 1971, O Xá Reza Pahlavi celebrou dois mil e quinhentos anos da monarquia persa com uma grande festança nas ruínas de Persépolis, a antiga capital do Império Aquemênida. O monarca havia se coroado Xahanxá (“ Rei dos Reis”), e desejava que o mundo testemunhasse a glória da nova realidade que ele estabelecia no Oriente. Não foi poupada nenhuma despesa, pois, através de uma combinação de pompa, esplendor e festa, Reza Pahlavi se esforçou para demonstrar a conexão entre a grande civilização do presente do Irã e a grande civilização do passado do Irã”.
Apenas ricos e poderosos foram convidados. O povo, não!
Em 8 de janeiro de 2024, o semi-analfabeto Lula, presidente do Brasil, intitulado de “o Messias brasileiro” pelas esquerdas de todos os matizes, realizou um evento, chamado de “Democracia Inabalada”, também uma espécie de festança, para comemorar a marca de um ano dos “ataques às sedes dos Três Poderes da República”.
Convidou para o rega-bofe a casta da nação, ministros, o presidente do Senado (Rodrigo Pacheco), governadores de Estado e ministros do STF, como Luís Roberto Barroso (presidente da Corte) e Alexandre de Moraes (presidente do TSE, Tribunal Superior Eleitoral).
O povo, não!
Assim como o Xá Reza Pahlavi, o apedeuta brasileiro queria mostrar ao mundo como ele salvou a democracia brasileira. Fantasiado de democrata, pintado e maquiado pelo STF, queria afirmar aos brasileiros e ao mundo a narrativa ficcional de que “houve uma tentativa de golpe no Brasil”. Nesse teatro mambembe foram convocados para discursar as figuras que qualquer brasileiro com mais de dois neurônios quer ver pelas costas. E todos os discursos exaltavam os heróis-salvadores e a nova modalidade de democracia criada pela dobradinha Lula-STF: a democracia relativa.
Milhões de reais foram gastos em investigações e prisões durante o ano de 2023 sem que houvesse qualquer indicio de que as pessoas que depredaram os prédios tivessem qualquer intenção de dar um golpe. Disse o ex-ministro Aldo Rebello, em entrevista ao Poder360:
- “Trata-se de uma 'fantasia' entoada pelo petista e seus seguidores para manter viva a chama da polarização política e dar tração a uma aliança entre o Executivo e o Judiciário para se contrapor ao Legislativo.
Faz bem à polarização atribuir ao antigo governo a tentativa de dar um golpe. Criou-se uma fantasia para legitimar esse sentimento que tem norteado a política nos últimos anos. É óbvio que aquela baderna foi um ato irresponsável e precisa de punição exemplar para os envolvidos. Mas atribuir uma tentativa de golpe a aquele bando de baderneiros é uma desmoralização da instituição do golpe de Estado“.
Mas o consórcio Lula-STF, no dizer de Guzzo, é poderoso. Durante todo dia 8 de janeiro mobilizaram as redes de TV que initerruptamente passavam e repassavam os atos acontecidos naquele dia, sem qualquer crítica, mas tão somente exaltando o heroísmo inexistente de Lula e dos ministros do STF.
O destaque era para Barroso e Moraes. Nenhuma referência ao fato de que os Ministros posaram de vitima, se tornaram acusadores e tomaram para sí o papel de julgadores e narraram a história que nunca foi contada por nenhuma das pessoas presas.
Segundo Moraes, o mais criativo dos Ministros, o vandalismo aos prédios era apenas parte do plano ou do golpe. Nada sobre imagens apagadas. Nenhuma referência sobre os infiltrados que apareceram apenas para participar do quebra-quebra e nunca haviam participado de nenhum protesto. Nenhuma palavra sobre a omissão das autoridades do governo Lula.
Sem ser convidado e sem dar a mínima para o consórcio Lula-STF, muito menos para a ladainha do golpe, o povo brasileiro foi trabalhar.
Ninguém deu a menor bola para a espécie de feriado ou dia santo que o executivo e o judiciário queriam implantar no Brasil.
E eles discursaram cercados por 2 mil policiais militares e mais 250 homens da Força Nacional na área do Palácio do Planalto.
Discursaram para casta. Era a casta batendo palmas para a casta. A casta gritando hurra e exaltando os heróis. Uma delícia de estado!
Nenhuma viva alma, ninguém, nada de povo. Somente Lula e os Ministros arrotando gabolices para os lambe-botas, apaniguados, favoritos, bajuladores, chaleiristas incensadores, xereteiros, afirmando que a democracia está ameaçada de morte, então todos deverão ser submetidos à vontade dos heróis-salvadores.
Luis Fernando Verissimo, o comunista/lulista de carteirinha, escreveu um texto intitulado “O Povo”, onde expõe o que pensa a respeito do povo, assim como a casta que aplaudia resguardada por 2 mil policiais, comendo, bebendo e festejando a custa da plebe ignara. Reproduzo algumas partes do texto:
- "O povo se comporta mal em toda a parte, não apenas no futebol. O povo tem péssimas maneiras. O povo se veste mal. Não raro, cheira mal também. O povo faz xixi e cocô em escala industrial. Se não houvesse povo, não teríamos o problema ecológico. O povo não sabe comer. O povo tem um gosto deplorável. O povo é insensível. O povo é vulgar.
A chamada explosão demográfica é culpa exclusivamente do povo. O povo se reproduz numa proporção verdadeiramente suicida. O povo é promíscuo e sem-vergonha. A superpopulação nos grandes centros se deve ao povo. As lamentáveis favelas que tanto prejudicam nossa paisagem urbana foram inventadas pelo povo, que as mantém contra os preceitos da higiene e da estética.
Responda, sem meias palavras: haveria os problemas de trânsito se não fosse pelo povo? O povo é um estorvo.
É notória a incapacidade política do povo. O povo não sabe votar. Quando vota, invariavelmente vota em candidatos populares que, justamente por agradarem ao povo, não podem ser boa coisa.
O povo é pouco saudável. Há, sabidamente, 95 por cento mais cáries dentárias entre o povo. O índice de morte por má nutrição entre o povo é assustador. O povo não se cuida. Estão sempre sendo atropelados. Isto quando não se matam entre si. O banditismo campeia entre o povo. O povo é ladrão. O povo é viciado. O povo é doido. O povo é imprevisível. O povo é um perigo.
O povo não tem a mínima cultura. Muitos nem sabem ler ou escrever. O povo não viaja, não se interessa por boa música ou literatura, não vai a museus. O povo não gosta de trabalho criativo, prefere empregos ignóbeis e aviltantes. Isto quando trabalha, pois há os que preferem o ócio contemplativo, embaixo de pontes. Se não fosse o povo nossa economia funcionaria como uma máquina. Todo mundo seria mais feliz sem o povo. O povo é deprimente. O povo deveria ser eliminado". (Luís Fernando Veríssimo).
Pois é, o dinheiro que Lula torra vem do suor do povo. Assim como os salários milionários e as mordomias dos Ministros do STF, dos políticos, da compra de urnas eletrônicas que não permitem a recontagem de votos.
Vejam como é delicioso o Estado:
- 62 dias, em 2023, passou Lula e sua deslumbrada Janja viajando. Visitaram 24 nações. Os petista de coturno afirmavam a nação que o “apedeuta sem noção” estava trabalhando para ganhar o Prêmio Nobel da Paz. Por onde passou só disse bobagens: nivelou Rússia e Ucrânia como responsáveis pela guerra na Europa. Comparou as ações do grupo extremista Hamas à reação de Israel quando a população civil do país foi atacada, falou em acabar com guerra tomando cerveja...
Disse tanta besteira que o jornal esquerdista Francês “Libération” o chamou de “decepção” e afirmou:
- “Lula é falso amigo do Ocidente”!
Barroso, não querendo ficar atrás, afinal o consórcio Lula-STF vai de vento em popa, também botou suas manguinhas de fora e usufruiu das delícias do Estado:
- “Em apenas três meses na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luís Roberto Barroso gastou R$ 922 mil com voos em jatinhos da Força Aérea Brasileira (FAB). O magistrado assumiu a Casa em 28 de setembro de 2023.
De acordo com o jornalista Lúcio Vaz, da Gazeta do Povo, a projeção dos gastos em um ano chegariam a R$ 3,7 milhões. O valor é próximo ao que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), gastou em 2023 com jatinhos: R$ 3,4 milhões. Já o presidente do Senado gastou R$ 2 milhões.
O ministro visitou diversos locais, como a Favela dos Sonhos, na capital paulista, em 6 de novembro. Na ocasião, Barroso elogiou o Bolsa Família. “Decisivo para tirar as pessoas da pobreza”, comentou. “Mas é preciso que as pessoas se libertem do benefício e passem a ter voo próprio.”
Viajando-Barroso afirma:
- “O STF tem feito muito bem ao país”!
Três semanas depois, o magistrado aproveitou o jatinho da FAB para ir ao “Congresso Internacional de Tribunais de Contas”, em Fortaleza, onde disse que a responsabilização de veículos de imprensa por fala de entrevistados é “uma pauta amiga da imprensa”.
Do Ceará, Barroso seguiu para a capital do Rio de Janeiro, onde recebeu o título de “sócio honorário” do Flamengo. A honraria foi entregue pelo Conselho dos Grandes Beneméritos do clube. A viagem, que seguiu de Brasília para Fortaleza, depois para o Rio e de volta para a capital federal, custou R$ 80 mil.
Em sua viagem para Salvador, no “Encontro Nacional do Poder Judiciário”, Barroso fez um dueto com a cantora Ana Mametto.
Ele também aproveitou para fazer um desabafo. “A gente está sempre desagradando alguém”, disse. “Essa é a vida de um tribunal constitucional independente, que tem a coragem moral de fazer o que tem de fazer.”
Mas que delícia de Estado, Barroso!
Barroso também realizou outras viagens:
13 de novembro: Seminário “O papel do Supremo nas democracias”, em São Paulo;
17 de novembro: Seminário “35 anos da Constituição de 1988: Avanços e Desafios na Proteção de Direitos Fundamentais e da Democracia”, no Rio de Janeiro.
Gastos sob sigilo : Além dos gastos com jatinhos, os presidentes dos Três Poderes também têm outras despesas, como diárias e passagens para as suas equipes de segurança. A falta de transparência dificulta a coleta de dados sobre esses valores”.
Iniciamos esse texto com a celebração do Xá Reza Pahlavi , o monarca havia se coroado Xahanxá (“Rei dos Reis”), e desejava que o mundo testemunhasse a glória da nova realidade que ele estabelecia no Oriente. Assim:
“... chefes de cozinha do exclusivo Maxim’s de Paris eram levados de avião para oferecer pratos requintados no deserto. O evento culminou com um espetáculo de fogos de artifício e shows de luzes...”
A festa não tinha povo. Afinal o povo, segundo Verissimo é dispensável. Mas chama atenção a lista de convidados do Xahanxá (Rei dos Reis) e o que aconteceu a eles, segundo Daniel Kalder:
- “A lista de convidados em si parece sinistra em retrospecto, uma vez que muitos deles logo morreriam, cairiam em desgraça ou testemunhariam impotentes a desintegração de seus países. Nicolae e Elena Ceaușescu vieram para a festa; ambos morreriam pela bala do carrasco. Haile Selassie, da Etiópia, também apareceu; ele perderia o poder em um golpe e morreria por estrangulamento. O vice-presidente dos EUA, Spiro Agnew, estava lá; ele logo renunciaria para evitar ser preso. Moktar Ould Daddah, da Mauritânia, compareceu; seu destino era ser deposto em um golpe militar. Mobutu Sese Soko, do Zaire, assistiu à queima dos fogos de artifício; ele seria derrubado por uma revolta armada. Imelda Marcos, das Filipinas, provou da culinária francesa; ela seria forçada a fugir de seu país após uma revolução, deixando para trás sua preciosa coleção de sapatos. Sem mencionar os políticos de destaque da Iugoslávia, Tchecoslováquia e União Soviética, que testemunharam essa orgia de autoglorificação, sem saber que, dentro de duas décadas, seus próprios países deixariam de existir”.
E o Xahanxá (o Rei dos Reis) 3 anos depois também deixou de existir.
Aqui na Terra dos Papagaios a “democracia relativa” segue “inabalada”, mas ninguém sabe ou quer saber das necessidades do povo, de sua renda, da educação, segurança, saúde e previdência... Quer apenas aprovar um mecanismo que aumente os impostos. Afinal a casta liderada pela dobradinha Lula-STF precisa usufruir dos prazeres do Estado.
E durante o seu discurso, o Xahanxá brasileiro arengou, se exaltou, se autoelogiou e inacreditavelmente tascou essa:
- “Quando alguém colocar dúvidas sobre a democracia no Brasil, seria importante que vocês não tivessem receio de utilizar a minha história e a história do meu partido como garantia da existência inabalável da democracia nesse país.”
É uma delícia de Estado ou não é?
Agora pode gargalhar, gritar de raiva ou simplesmente protestar todos os dias!
Carlos Sampaio
Professor. Pós-graduação em “Língua Portuguesa com Ênfase em Produção Textual”. Universidade Federal do Amazonas (UFAM)