O Rei de Brasmunda no Oriente Médio ou um Paspalho servindo de Mangofa para Europeus e Árabes
05/12/2023 às 13:44 Ler na área do assinante“O que os presidentes não fazem com suas esposas, acabam fazendo com o país”. (Mel Brooks).
O jornal “canhota”, inglês, The Guardian, incrédulo, postou a manchete:
- “Uma Comitiva Monstruosa”.
O jornal se referia à comitiva de Lula. E afirmava:
- “O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, entrou na Cop28 com uma megadelegação de mais de 2.000 pessoas e grandes ambições para combater a desigualdade e proteger as florestas tropicais do mundo”.
Sim, meus amigos, 2.000 pessoas! Duas mil pessoas acompanharam o ex-presidiário em sua viagem ao Oriente Médio! Quem está bancando tudo isso?
Essa presepada lembra o filme “Um Príncipe em Nova Yorque”, na chegada de do Rei de Zamunda, Jaffe Joffer, a cidade. Zamunda é um país exótico, idílico abarrotado de zebras e elefantes e com um grande palácio em meio a palmeiras. Tudo funciona em Zamunda. O Rei e todos os que estão ao seu redor são tratados de maneira especial. Zamunda é rica e em oposição os Estados Unidos aparecem com ruas sujas, mendigos, violência e uma sociedade de consumo que valoriza a imagem pessoal.
E o Jornal The Guardian, continua:
- “A tentativa de Lula de se autodenominar líder climático na Cop28 foi prejudicada pela decisão da Opep. Os planos do presidente brasileiro de aprovar novos projetos de combustíveis fósseis não combinam com a promessa de atingir a meta de 1,5°C.
Lula, como é conhecido, disse que seu país lidera pelo exemplo: “Ajustamos nossas metas climáticas, que agora são mais ambiciosas do que as de muitos países desenvolvidos. Reduzimos drasticamente o desmatamento na Amazônia e vamos zerá-lo até 2030”, afirmou.
Céticos, Árabes e Europeus olharam com desdém o mentiroso contumaz. Acostumado a engabelar os miseráveis do Brasil, o homem que levou a fumaça com o “cheirinho” de picanha e cerveja e passou no nariz dos brasileiros afirmando que se nele votassem tudo aquilo se tornaria realidade, foi completamente ignorado.
Prossegue o Jornal The Guardian, implacável:
- Mas quaisquer pretensões que ele pudesse ter de uma liderança climática mais ampla no corte de combustíveis fósseis foram enfraquecidas na quinta-feira, quando seu ministro da Energia, Alexandre Silveira, escolheu a abertura da maior conferência ambiental do planeta como o momento para anunciar que o Brasil planeja se alinhar mais estreitamente com o maior cartel petrolífero do mundo, a OPEP.
Os ativistas climáticos brasileiros disseram que o momento e o simbolismo eram horríveis e um sinal das divisões dentro de um país que fez grandes avanços para reduzir o desmatamento da Amazônia, ao mesmo tempo em que avançou com a exploração de petróleo em áreas ecologicamente sensíveis”.
- “Esta declaração é um escândalo. Comemorar a entrada no clube do petróleo no meio de uma conferência climática é como se o ministro de Minas e Energia estivesse desmentindo o discurso ambientalista do próprio presidente Lula”, disse Marcio Astrini, secretário executivo do Observatório Brasileiro do Clima.
No filme o Rei de Zamunda, Jaffe Joffer, é motivo de piada. Por onde ele passa um séquito de moças jogam pétalas de rosas para que a realeza pisasse sobre elas. Suas roupas são estampadas, coloridas, usam turbantes e grandes ombreiras. É um país de uma África imaginária.
Lula é o Rei de Brasmunda. Quem joga pétalas por onde ele passa são as “moças” Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente, a mulher odiada por 25 milhões de pessoas que habitam a região Norte do Brasil e “persona no grata” em todos os Estados da Região. As pétalas para que o Rei de Brasmunda passe sobre elas, também são atiradas pela doublé de índia americana, cheia de adornos com miçangas coloridas e penas de faisão, Sonia Guajajara.
É a dupla mais ridícula que a nação já viu. E a coisa se torna mais burlesca porque os jornais de Brasmunda, os “artistas”, a imprensa, os partidos políticos que apoiam tais figuras afirmam que elas estão salvando Brasmunda.
Para onde o Rei de Brasmunda se desloca, 13 Ministros lambem os seus pés na viagem fantástica ao Oriente e a Europa e a grande comitiva de 2.000 pessoas, participantes da sociedade civil, de empresas privadas, do Congresso Nacional, de governos estaduais e do governo federal o acompanha, bate palmas e jogam pétalas.
Brasmunda é um país arquimilionário!
Incrédulos os Europeus e Árabes olham, riem e mais uma vez não acreditam em seus olhos!
Todo cheio de empáfia o Rei de Brasmunda e seus acólitos imaginam que estão abafando. Só imaginam, pois o resultado foi desastroso:
- O comissário do comércio da União Europeia, Valdis Dombrovskis, cancelou a viagem que faria ao Brasil nesta semana para finalizar o acordo comercial do bloco com o Mercosul, informa o Financial Times.
- O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou neste sábado, 2, ser contrário ao acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia.
- A declaração de Macron foi feita após encontro bilateral com o presidente Lula, em Dubai, onde os chefes de estado participam da COP 28:
- “Se não posso explicá-lo a nenhum europeu, não vou defendê-lo internacionalmente”, afirmou Macron em entrevista coletiva.
- “E é justamente por isso que sou contra o acordo Mercosul-UE, porque acho que é um acordo completamente contraditório com o que ele [Lula] está fazendo no Brasil e com o que nós estamos fazendo”, afirmou acrescentando que o acordo “não leva em conta a biodiversidade e o clima dentro dele. É um acordo comercial antiquado que desmantela tarifas”.
O abobalhado Rei de Brasmunda lascou mais uma besteira:
- “Se não tiver acordo, paciência. Não foi por falta de vontade. A única coisa que tem que ficar claro é que não digam mais que é por conta do Brasil e que não digam mais que é por conta da América do Sul”, disse Lula em entrevista coletiva, em Dubai.
“Assumam a responsabilidade de que os países ricos não querem fazer um acordo na perspectiva de fazer qualquer concessão. É sempre ganhar mais”, acrescentou.
E continuou dizendo mais leseiras:
- “E nós não somos mais colonizados. Nós somos independentes. E nós queremos ser tratados com respeito de países independentes, que temos coisas para vender. E as coisas que nós temos para vender têm preço. O que nós queremos é um certo equilíbrio. Se não tem acordo, pelo menos vai ficar patenteado de quem é a culpa de não ter acordo”.
Depois de toda essa patacoada, os jornais militantes e porta-vozes do Rei de Brasmunda afirmam que os Árabes e Europeus vão doar milhões de dólares ao país riquíssimo da América do Sul. Talvez eles imaginem que Brasmunda fica na África.
Só não disseram quando e nem como. Fica a pergunta:
- O que foram mesmo fazer 2.000 pessoas no Oriente e na Europa?
Carlos Sampaio
Professor. Pós-graduação em “Língua Portuguesa com Ênfase em Produção Textual”. Universidade Federal do Amazonas (UFAM)