A exaltação a Paulo Freire e a demonização da Agropecuária (veja o vídeo)
02/12/2023 às 20:10 Ler na área do assinante“O PT [hoje, no poder] um partido de trabalhadores que não trabalham, estudantes que não estudam e intelectuais que não pensam.” (Roberto Campos)
“Eu não tenho ídolos. Tenho admiração por trabalho, dedicação e competência.” (Ayrton Senna)
O agronegócio brasileiro é fruto da maior revolução tecnológica e científica da História do Brasil.
Em um País onde os governos (exceto os governos militares, todos os demais, com ênfase para o de FHC) costumam ver a pesquisa científica e o desenvolvimento tecnológico com indiferença - quando não desdém, menoscabo e até mesmo com um olhar cínico, acusatório de certo elitismo -, a EMBRAPA e a indústria aeronáutica (EMBRAER), apresentam-se como magnificas exceções.
São exceções criadas e construídas - é questão de honestidade intelectual reconhecer – no período de governos militares. São ambos os setores consequência de uma política de formação de pessoal (graduação, mestrado e doutorado) nas melhores universidades do Brasil e do mundo, que culminou na criação da EMBRAPA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e na EMBRAER, hoje uma pujante e respeitada empresa privada, com mercado para seus aviões em todos os continentes.
A EMBRAPA e o Agronegócio têm, ambos, todos os ingredientes que a esquerdopatia nacional (PT, PSOL, PCdoB, UNE e lixos similares) odeia:
1. MERITOCRACIA: ninguém entra na EMBRAPA por COTA, ou por ser sindicalista da CUT, ou por puxar o saco do semianalfabeto Lula, por exemplo. Só existe uma porta de entrada na EMBRAPA, a da frente, após identificação de competência científica e tecnológica;
2. Trabalho árduo, estudo sério e contínuo, independência e competência científica e técnica, tudo o que PT e sindicalistas odeiam.
O ódio primário das esquerdas jurássicas (desculpem o pleonasmo, pois toda esquerda é jurássica) manifestou-se na última prova do ENEM, sob a égide do governo amigo da incompetência e do atraso, do sindicalismo parasita, das ditaduras mais retrógradas e do compadrio: o governo do primário e ignorante patológico Lula.
Em três questões, o ENEM do governo Lula procurava induzir no cérebro dos jovens examinandos a visão demoníaca do agronegócio como um monstro antinatural, que levará o Brasil e a humanidade a um futuro desastre. As ideias subjacentes às três questões do ENEM são tão falsas quanto a honestidade do chefe do governo que as produziu.
São ideias subjacentes de um movimento ideológico (mas vazio de verdade científica) de lavagem cerebral e tipicamente gramscista. Aquelas questões têm a cara do governo que as produziu.
Com a EMBRAPA e o Agro, o Brasil saiu de um setor outrora medíocre para se tornar líder no mundo em ciência e tecnologia associadas à Agropecuária.
Hoje, 24,8% do PIB nacional deve-se ao agronegócio. (Como comparação, a indústria automotiva representa apenas 3% do PIB nacional)
Pense nisso, leitor: de cada R$100,00 de riqueza criada no Brasil, quase R$ 25,00 (isto é, um quarto) vem do setor agropecuário.
É a isso que a esquerdopatia nacional, hoje enquistada em todos os setores do governo federal – inclusive o MEC, Ministério da Educação – demoniza e que o imbecil Lula chama de “fascista”.
Setenta por cento do soja consumido na China vem do Brasil. Na realidade, a produção da Agropecuária brasileira é capaz, hoje, de alimentar cerca de um milhão e quatrocentas mil pessoas; a população da Índia! Sob o atual governo, a economia do Brasil não descamba morro abaixo graças ao Agronegócio, que a besta quadrada, Lula, já classificou de ‘fascista’.
Fascista uma instituição privada, vejam só. Isto só cabe mesmo na cabeça de um imbecil, preguiçoso, vagabundo e ignorante do que seja fascismo, entre outras coisas.
Quanto ao elogio a Paulo Freire, serei breve, como a importância do personagem.
Em uma época em que nunca se ouvira falar nele, eu fui alfabetizado em poucas semanas (não meses, não anos, como hoje!), na Escola Isolada Almirante Almachio, localizada na Tapera do Ribeirão da Ilha, por duas professoras queridas e dedicadas que eram para lá conduzidas da cidade de Florianópolis, diariamente, por um ônibus da FAB, Força Aérea Brasileira. Hoje, tem-se notícias de que crianças, sob a influência do “Método Paulo Freire”, aos dois anos de escola básica ainda não aprenderam a ler e escrever.
Minhas duas filhas foram, rapidamente, muito bem alfabetizadas em Chandler’s Ford, Hampshire, Inglaterra. Certa vez, conversando com a Headmistress (Diretora) da Escola, toquei no nome Paulo Freire, já que antes ouvira falar, pela esquerda brasileira, de sua importância internacional em educação. Confesso que não fiquei surpreso de ouvir que aquela culta senhora ignorava a existência Paulo Freire. Nem ela nem seu staff de professoras, fiquei sabendo depois.
É assim mesmo, as esquerdas criam seus heróis, os adoram, e querem que todos os adorem.
[Se até Lula, um comprovado larápio, ex-presidiário e semi-analfabeto, as esquerdas adoram e afirmam (haja cara de pau!) que é inocente e “estadista”, porque, então, surpreender-se quando tentam mitificar Paulo Freire?)
Antonio Gramsci (1891-1937) foi o fundador do Partido Comunista Italiano, em 1921. Ao contrário dos líderes soviéticos, entendeu que a implantação do comunismo nas nações ocidentais não poderia se dar pelas armas, mas destruindo a “hegemonia cultural” dos Estados. Isto se daria pela “infiltração” dos camaradas em todas as organizações sociais, públicas e privadas, destruindo assim a hegemonia cultural dos Estados democráticos. Foi um gênio, no pior sentido da palavra. O fato é que suas ideias e (principalmente) seus métodos tem rendido dividendos. O aparelhamento das universidades, escolas e demais instituições públicas é evidente em muitas das nações ocidentais. O Brasil é um dos países mais corroídos por esta doutrina e dos mais aparelhados pelos camaradas e ‘cumpañeros’. O MEC não é diferente e as três questões safadas do ENEM de 2023 têm selo de origem em Antonio Gramsci.
Ou o Brasil combate seriamente o Gramscismo, ou o gramscismo acaba com o Brasil. A Venezuela é logo ali.
Assistam, agora, ao vídeo sobre o assunto:
José J. de Espíndola
Engenheiro Mecânico pela UFRGS. Mestre em Ciências em Engenharia pela PUC-Rio. Doutor (Ph.D.) pelo Institute of Sound and Vibration Research (ISVR) da Universidade de Southampton, Inglaterra. Doutor Honoris Causa da UFPR. Membro Emérito do Comitê de Dinâmica da ABCM. Detentor do Prêmio Engenharia Mecânica Brasileira da ABCM. Detentor da Medalha de Reconhecimento da UFSC por Ação Pioneira na Construção da Pós-graduação. Detentor da Medalha João David Ferreira Lima, concedida pela Câmara Municipal de Florianópolis. Criador da área de Vibrações e Acústica do Programa de Pós-Graduação em engenharia Mecânica. Idealizador e criador do LVA, Laboratório de Vibrações e Acústica da UFSC. Professor Titular da UFSC, Departamento de Engenharia Mecânica, aposentado.