O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, é um homem bule, ou seja, de pouca fé.
Passou a vida convencendo os miseráveis mundo afora - até na África, onde a miséria é ainda mais miserável - a doar o pouco que tinham para garantir não só um imóvel do ‘Minha Casa Minha Vida-Após-a-Morte’ lá no céu, como a cura de todos os males - principalmente os incuráveis - deste lado de cá do túmulo.
E quando lhe aparece um ‘tumorzinho’ na próstata, ele esquece os prodígios que viu nos altares dos teatros, ops, dos templos da família e vai se tratar com medicamentos mundanos e, se necessário, cirurgia.
Para que servem, então, a água milagrosa do Rio Jordão? O sabonete ungido? O paninho com o sagrado suor do pastor?
Casa de obreiro, espeto de pau.
Eduardo Affonso