A estranha façanha do ‘carregador de malas’ de Dilma, agora ocupante de importante cargo em empresa do BB
30/11/2023 às 06:51 Ler na área do assinanteEssa turma não brinca em serviço quando a questão rende benefícios pessoais.
São extremamente rápidos, mas agem de forma atabalhoada e deixam rastros por toda a parte.
Caso, por exemplo, de Lula no malfadado Sítio de Atibaia.
Anderson Braga Dorneles foi o ‘menino da Dilma’ durante o período em que ela ocupou o Palácio do Planalto.
Anderson tinha acesso privilegiado à petista e vivia ao redor dela, carregando malas, celulares e tablets.
Com a petista na China, Anderson Dorneles é desde 15 agosto diretor de relações governamentais da Cateno, joint venture de pagamentos do Banco do Brasil e da Cielo. O banco estatal tem 30% do negócio e sua sócia, 70%.
A Cateno está sob forte influência do Avante, atual partido de Anderson, que indicou Henrique Fernando Lucas como diretor-geral da empresa.
O jornalista Guilherme Amado conta a ‘estranha façanha’ de Anderson:
“O cargo ocupado por Anderson Dorneles não é estatutário e ele foi contratado em regime de CLT, segundo a Cateno informou à coluna.
Seria apenas mais uma nomeação política entre tantas, não fosse uma estranha façanha de Anderson.
Em setembro, um mês após ser contratado pela Cateno, Anderson Dorneles assinou um acordo na Justiça que reduziu em 93% uma dívida que tinha com o Banco do Brasil. O valor a ser pago despencou de R$ 228.732,71 para R$ 15.000. E ainda poderá ser pago em dez parcelas.
O empréstimo que originou a dívida foi feito por Anderson Dorneles em 5 janeiro de 2016, quando ele ainda era assistente de Dilma, no valor de R$ 149.148,44 — a serem pagos em 96 prestações. Inadimplente, e após reiteradas tentativas de composição extrajudicial pelo Banco do Brasil, Anderson foi processado pelo banco em 5 novembro de 2018, quando a dívida já chegava a R$ 202.210,99.
Desde a abertura da ação de cobrança, a 23ª Vara Cível de Brasília, onde o processo passou a correr, sequer conseguiu notificar Anderson. Depois de quatro anos e diversas tentativas frustradas, em novembro de 2022 a juíza Ana Letícia Martins Santini autorizou que ele fosse citado por meio de edital.
Em 5 maio de 2023, a sentença: a juíza Santini determinou que Anderson Dorneles fizesse o pagamento dos valores e, três meses depois, em agosto, ordenou que ele fosse notificado, também em edital, a liquidar a dívida em um prazo de 15 dias.
Até então em silêncio nos autos, Anderson Dorneles só foi dar as caras no processo no último dia 15 de setembro — exatamente um mês após ser contratado como diretor de relações governamentais da Cateno. Nessa data, a Ativos S.A, securitizadora de créditos do conglomerado do Banco do Brasil — que substituiu o banco no processo em julho de 2022, após uma cessão de crédito do BB — informou à Justiça que havia entrado em acordo com Anderson e comunicou os termos do acerto.
Da dívida, agora assumida por Anderson em R$ 228.732,71, seriam pagos R$ 15.000. A divisão do montante seria em dez parcelas: uma entrada de R$ 3 mil em setembro, oito parcelas de R$ 1.333,33 e uma parcela final de R$ 1.333,36, a vencer em 16 de junho de 2024. Também caberá a Anderson Dorneles o pagamento de R$ 1.500 a título de honorários advocatícios ao escritório do advogado Nelson Wilians, que representou a Ativos S.A no processo e também subscreve o acordo judicial.
O acordo foi homologado pela 23ª Vara Cível de Brasília em 9 de outubro e, no dia 23 daquele mês, o processo foi definitivamente arquivado.”
Anderson era conhecido como “Las Vegas” no sistema de contabilidade paralela da Odebrecht.
Anderson também foi denunciado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul como um dos operadores de um suposto esquema de desvios na prefeitura de Canoas (RS), investigado na Operação Copa Livre. Anderson foi acusado dos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, peculato e falsidade ideológica e responde atualmente a três ações penais abertas no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).
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