Muita gente, certamente, sabe a quem me refiro, mas vamos manter seu nome oculto só para dar um charme ao texto. À frente, será nomeado, inclusive, com sua imagem nos discursos, em vídeo.
Há quem vá jurar que os discursos que transcrevo abaixo foram proferidos por um político em plena campanha eleitoral. E neste momento, lembro da declaração do ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, recentemente, ao dizer que o autor destes discursos estaria pronto para se candidatar à presidência da república brasileira. Na mosca?
Essa declaração de Sarkozy foi dada após discurso do autor num fórum realizado em Paris. Leia um pequeno trecho do discurso:
“O constituinte trouxe para a Constituição, temas, que muitas vezes eles entendiam que a razão pública do Supremo, deveria resolver questões que em outras partes do mundo são deixadas para a vontade discricionária da política. Este é um desenho institucional brasileiro.”
Já na 24ª Conferência Nacional da Advocacia Brasileira promovido pela OAB, realizada no último fim de semana em Belo Horizonte, onde o protagonista deste texto foi confrontado pelas duras palavras do presidente da OAB MG, Sérgio Leonardo, com uma realidade que não gostaria de ter ouvido, especialmente no tocante ao que chamou de “excessos dos tribunais superiores”, ficou, no mínimo, ruborizado de vergonha. Mas a plateia ficou ensandecida com a coragem do presidente da OAB mineira.
Nesta ocasião, disse o gato, ou seria a lebre, sei lá...:
“Os avanços da Constituição de 88 em matéria de direitos fundamentais das mulheres. Poucas transformações foram mais importantes do que a ascensão feminina ao longo destes 35 anos, igualdade na sociedade conjugal, conquista de liberdade sexual, luta contra a violência doméstica pela Lei Maria da Penha, acesso maior ao mercado de trabalho, luta contra a violência sexual, são lutas inacabadas, mas na vida a gente deve comemorar também as vitórias. Os direitos fundamentais das pessoas negras, com o discurso falso do humanismo racial brasileiro, como as cotas raciais nas universidades brasileiras, como as cotas raciais como o acesso aos cargos públicos, a decisão do TSE que assegurou o financiamento das candidaturas de pessoas negras. Avanço nos direitos das comunidades LGBTQIA+, com o reconhecimento e equiparação das uniões homoafetivas às uniões estáveis, a possibilidade da mudança de nome social, a criminalização da homofobia, a defesa do direito das pessoas das comunidades indígenas igualmente muito importantes das demarcações possíveis de suas terras, e os direitos das pessoas com deficiência com momentos importantes que envolveram a educação inclusiva, o benefício da prestação continuada, e as convenções de Nova York e o estatuto das pessoas com deficiência.”
Assista aos vídeos:
Pois bem, com tudo isso colocado, vamos ao nome do boi: Luís Roberto Barroso! Ele mesmo, aquele que declarou o “Perdeu, Mané!”, em resposta arrogante e mal educada a um cidadão brasileiro pelas ruas de Nova York, e que atrevidamente tomei emprestado para dar título ao meu primeiro livro da série “Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”. Este é o atual presidente da mais alta corte do Brasil.
O que importa é: afinal, a que recorre o Barroso para tomar decisões tão importantes para o país, para o povo? Na letra da Constituição Federal da qual deveria ser guardião, ou nos balcões políticos do Congresso ou do executivo?
Eis a questão!
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Alexandre Siqueira
Jornalista independente - Colunista Jornal da Cidade Online - Autor dos livros Perdeu, Mané! e Jornalismo: a um passo do abismo..., da série Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa! Visite:
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