São muitos!
Os três Poderes da República estão impregnados de traidores do Estado Democrático de Direito. Porém, a inversão e subversão dos nossos valores chegou a tal ponto, que a impressão é de que se perdeu por completo a noção do que é certo e errado nesse país, culminando com os surreais desdobramentos dos fatos dessa semana.
A reação dos ministros do STF à aprovação da PEC do Senado que limita os poderes das decisões monocráticas da Casa Máxima de Justiça do país é surpreendente. Já não procuram mais escoimar os vícios do processo eleitoral que desaguaram na “tomada de poder” por parte da esquerda comunista no ano passado.
As declarações do Ministro Barroso comprovam o conluio formado entre o PT e a Suprema Corte para a vitória do Partido das Trevas nas eleições de 2022.
A militante comunista e jornalista do Estadão/Globo News, Eliane Cantanhêde, resumiu no Estadão – e em poucas palavras no seu Twitter, a inacreditável postura de Barroso, indignado com a decisão do Senado.
Já se perdeu os parâmetros da legalidade no Brasil, resultado da escalada da impunidade e da ditadura da toga nos últimos tempos. A Suprema Corte assumiu, às claras, o papel que desempenhou nas eleições.
Em seu Twitter, a jornalista estampou a seguinte pérola (in verbis):
“Ministros do Supremo classificam com ‘traição rasteira’ o voto do líder do governo no Senado, Jaques Wagner contra eles, depois de toda a resistência ao golpe bolsonarista. O recado é ‘ou o Jaques Wagner sai, ou não tem mais papo do STF com o Planalto e o governo.”
Que bizzaro!
Então já não há mais necessidade sequer de se esconder que houve uma aliança ardil e ilegal, inconstitucional e antidemocrática entre o STF e o governo pra se manipular as eleições.
Isso significa que o processo eleitoral foi viciado – fato que o torna nulo em sua essência - devendo ser convocada novas eleições urgentemente.
Significa, também, que todos que de alguma forma contribuíram para esse engodo, são traidores da Pátria e, como tal, devem ser presos e responder criminalmente por isso – sob o crivo da Lei de Segurança Nacional.
A tal ponto chegou a subversão dos nossos valores, que já não escondem mais o consórcio espúrio formado entre o Judiciário e o Executivo que atentou contra o voto do cidadão brasileiro – um golpe contra o sufrágio universal – e isso é passado a jornalistas como algo normal – uma aberração.
E não para por aí.
As declarações de Barroso se revelam como uma inusitada e disforme chantagem da Suprema Corte para interferir na política brasileira, derrubando o líder do governo no Senado.
Como pode isso?
Uma corte de Justiça extrapolando de forma bestial as suas funções e seu papel constitucional?
Agem como se o povo fosse ignorante e não tivesse noção dos ditames legais.
O guardião da Constituição é o primeiro a feri-la.
Gera revolta, indignação e todas as demais inquietudes na população de bem – que se vê enganada por aqueles que mais deveriam zelar pelos preceitos constitucionais e democráticos.
Contudo, o pavor de ser preso por esses verdadeiros ditadores da nação é latente.
O medo tomou conta do Brasil. Ninguém se atreve a gritar.
Barroso e os demais ministros da Maior Casa de Justiça do nosso país se tornaram réus confessos. Se há um sentimento de traição é porque houve uma quebra da fidelidade prometida – é uma questão de lógica.
Liberdade é algo que se conquista – e para tanto é necessário coragem. Um povo covarde jamais vai conquistar a sua liberdade.
Mais transparente é impossível. A sociedade brasileira foi vítima de um processo eleitoral viciado – e agora confessado.
Como o próprio ministro declarou no ano passado: “eleição não se ganha, se toma” – foi o que efetivamente aconteceu. Da mesma forma o mesmo ministro disse: “Perdeu Mané”.
Sabe quem é o “Mané” nessa história?
É você!
Carlos Fernando Maggiolo
Advogado criminalista e professor de Direito Penal. Crítico político e de segurança pública. Presidente da Associação dos Motociclistas do Estado do Rio de Janeiro – AMO-RJ.