Na Bahia governada pelo PT, mais quatro pessoas são mortas de forma brutal
18/11/2023 às 13:05 Ler na área do assinanteTrês mulheres e um homem foram assassinados no município de Jeremoabo, interior da Bahia, no decorrer desta última semana.
As vítimas, que são de uma mesma família e foram identificadas como Flávia Nunes de Jesus, de 32 anos, Dominga Maria de Jesus Silva, de 68 anos, Judite Angelina de Jesus Santos, de 74 anos, e Eguinaldo de Jesus Silva, de 43 anos, foram encontradas dentro de um veículo, na estrada que dá acesso à comunidade de Casinhas. As vítimas foram mortas a tiros.
De acordo com a Polícia Civil da Bahia, uma quinta vítima foi atingida por disparos e encaminhada a uma unidade de saúde.
A Polícia Civil informou que há indícios de que os homicídios tenham acontecido em um contexto de disputa entre famílias rivais da comunidade quilombola.
A reportagem procurou a Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq) para saber qual a relação das vítimas com a comunidade quilombola, mas não teve retorno.
Quilombolas como alvo de violência
Um balanço da Conaq indica que, nos últimos dez anos, foram registrados 35 assassinatos de quilombolas. No relatório consolidado sobre os casos, a Bahia, com nove casos, se destaca como um dos estados com maiores índices desse tipo de violência, juntamente com o Pará e o Maranhão.
Somente este ano, a Conaq tomou conhecimento de cinco execuções na Bahia. Todas as vítimas foram mortas com arma de fogo e eram lideranças das comunidades onde viviam, com exceção de José William Santos Barros, morto em Juazeiro (BA), e Edinaldo da Silva Amaral, que foi morto em 17 de fevereiro, em Tomé-Açu (PA), e era primo de Nazildo dos Santos Brito, líder quilombola assassinado em 2018.
Um dia depois do assassinato de Amaral, o presidente da comunidade quilombola Mucambo, Luis Fernando de Jesus Santana, foi morto no centro de Santa Cruz de Goiás, no sul do estado, em sua casa.
Seis meses depois, em 17 de agosto, a líder e coordenadora da Conaq Bernadete Pacífico, apelidada da Mãe Bernadete, era assassinada dentro da associação do Quilombo Pitanga dos Palmares.
No dia 27 de outubro, quem perdia a vida era José Alberto Moreno Mendes, mais conhecido como Doka, atingido por tiros em frente à sua casa, por dois homens de moto, no município de Itapecuru-Mirim (MA).
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Fonte: Agência Brasil