Moraes perde força e "divisão" entre ministros atinge diretamente penas de réus pelo 8 de janeiro

Ler na área do assinante

Uma divisão entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) resultou em uma redução das penas dos réus condenados no julgamento relacionado aos atos do 8 de Janeiro.

Isso representa uma mudança significativa em relação à tendência anterior, onde as decisões do relator Alexandre de Moraes foram amplamente seguidas.

Nos primeiros seis julgamentos, a maioria dos ministros da Corte havia concordado integralmente com as penas determinadas por Moraes, que variavam de 12 a 17 anos de prisão. No entanto, na terceira leva de julgamentos, que contemplou mais seis casos, os ministros não chegaram a um consenso em relação às penas atribuídas por Moraes.

Alguns ministros, como Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Dias Toffoli, acompanharam o relator, enquanto outros, como Cristiano Zanin e Edson Fachin, propuseram penas mais curtas de 11 anos. Luís Roberto Barroso votou pela absolvição dos acusados em relação a um dos crimes, mas concordou com Moraes em outras acusações.

Os ministros André Mendonça e Nunes Marques, no entanto, divergiram significativamente, votando por condenações com penas muito mais leves, que chegaram a 9 meses. De acordo com a legislação brasileira, essas penas mais curtas implicariam em cumprimento em regime aberto.

Apesar de todos os ministros concordarem com a condenação dos réus, apenas quatro apoiaram as penas determinadas por Moraes. Assim, a dosimetria do relator não obteve o apoio da maioria da Corte.

Posteriormente, a Corte decidiu reduzir as condenações para um "voto médio" proposto por Zanin, diminuindo as penas de 17 e 14 anos em seis meses. Com essa decisão, os réus Cláudio Augusto Felippe, Jaqueline Freitas Gimenez, Marcelo Lopes do Carmo, Reginaldo Carlos Begiato Garcia e Edineia Paes da Silva dos Santos foram condenados a 16 anos e 6 meses, enquanto Jorge Ferreira recebeu uma pena de 13 anos e meio.

Todas as penas estão relacionadas a cinco crimes, incluindo abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e associação criminosa armada.

Uma coisa que também deve impactar nos julgamentos é o lançamento do revelador livro "08 de Janeiro - Segredos e Bastidores".

Trazendo novas informações à tona, a obra mostra graves revelações sobre a Operação Lesa Pátria, além do polêmico ginásio para onde os presos foram levados, a prisão de Anderson Torres, a “minuta do golpe”, o "alvo" nas costas do ex-presidente Jair Bolsonaro e ainda mostra as estranhas ações do General G.Dias antes, durante e depois dos atos. 

Para acessar esse conteúdo, clique no link abaixo:

https://www.conteudoconservador.com.br/products/08-de-janeiro-segredos-e-bastidores

Aproveite enquanto ainda é tempo.

da Redação Ler comentários e comentar