Em lamentável postura, CRM do RS sai em defesa de médico gazeteiro

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O médico, servidor público, que se ausenta injustificadamente de seu local de trabalho, coloca em risco a vida das pessoas. Esta é a realidade.

Há poucos dias o prefeito de Caxias do Sul (RS), Daniel Guerra, foi ‘aplaudido’ nas redes sociais, por ter ido a um posto de saúde fazer uma visita de rotina e, ao constatar a ausência do médico que deveria estar no local trabalhando, ter efetivado uma ligação telefônica determinando que retornasse para atender pessoas que aguardavam para serem consultadas (veja aqui).

‘Você poderia me dizer qual é o motivo da sua ausência aqui na UBS (Unidade Básica de Saúde)? É o seu dia de plantão. Tem 16 pacientes na sua agenda e o senhor não está aqui atendendo’, diz o prefeito.

Sem dúvida, um exemplo de novo modelo de gestão, onde o gestor deixa o conforto do gabinete para ir para a rua, verificar as necessidades da população e o andamento dos serviços públicos.

Porém não é esta a visão do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers).

Para o órgão classista a atitude de Daniel Guerra representou ‘Falta de ética’, ‘assédio moral’ e ‘desrespeito’.

A nota da entidade também afirma que é ‘injustificável a exposição midiática do médico e o uso político no trato de uma questão administrativa, comum no dia a dia’.

O que a categoria precisa entender é que o médico é um servidor como qualquer outro, também sujeito ao cumprimento de horário. Aliás, até com mais rigor, haja vista lidar com vidas humanas.

Injustificável o posicionamento do Conselho, em favor do ‘gazeteiro’ e contra a sociedade.

da Redação

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