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Qual o problema do ex-ministro Henrique Eduardo Alves: amnésia ou cara de pau?
03/03/2017 às 04:24 Ler na área do assinante
Ele é o típico político tradicional. Filho de político, neto de político, controlador dos meios de comunicação em seu estado, o Rio Grande do Norte e detentor de 11 mandatos consecutivos na Câmara do Deputados.
Fez da política um meio de facilitar os seus negócios, negociatas e aumentar sua fortuna.
O problema é que pessoas como Henrique Eduardo Alves se chafurdam num mar de lama e fazem tantas coisas erradas, que em determinado momento até perdem a noção do ridículo, pensam que todos são otários, até mesmo os juízes que irão julgar suas causas.
Envolvido até o pescoço nas investigações da Operação Lava Jato e flagrado com uma conta na Suíça com dinheiro de origem desconhecida, cerca de R$ 2,5 milhões, aproximadamente, deu uma explicação nada convincente, bizarra e infame. Disse o ex-deputado e ex-presidente da Câmara dos Deputados, que terceiros depositaram e movimentaram a grana em sua conta bancária, sem o seu conhecimento.
O detalhe é que tal alegação não é ‘conversa de boteco’. Henrique Eduardo Alves disse isso nos autos da ação que responde pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
De qualquer forma, na mesma ação, o Ministério Público fez questão de refrescar a memória do abilolado ex-deputado.
Trata-se de propina paga pela empreiteira Carioca Engenharia com o objetivo de liberar recursos do Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS), administrado pela Caixa Econômica Federal.
Vale lembrar que o mesmo Henrique Eduardo Alves é réu em outros processos, pelas mesmas práticas, corrupção e lavagem de dinheiro.
O curioso é que ele ainda consegue arrumar advogado para defender tais teses.
Gonçalo Mendes Neto
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