Obama convidou Dilma para ir aos EUA para restabelecer uma relação amigável, comprometida com o episódio da espionagem que Dilma, com a sua personalidade levou para o campo pessoal ficando de mal. Deu o dedinho mindinho.
Dilma pretendia desenvolver uma agenda positiva, com o reconhecimento da importância do Brasil perante os EUA e obter o apoio dos empresários e investidores norte-americanos para o programa de concessões. Não alcançou muitos resultados. Como sempre boa vontade e promessas. E beijinhos.
O reconhecimento ela conseguiu, mas porque fazia parte da agenda positiva de Obama.
Para ele, embora não o diga, o Brasil não é um parceiro econômico importante, tampouco político e humanitário. O que os EUA vendem para o Brasil é muito pouco em termos do seu comércio internacional. O Brasil pode ser visto como um parceiro na questão do combate ao terrorismo, mas não é um palco das ações dos grupos extremistas. Os EUA se preocuparam com a aproximação e aliança do Brasil com o Irã, mas essa preocupação mudou com as eleições, tanto num como noutro país. O Brasil está aberto para os imigrantes de tem recebido levas de haitianos e de fugidos do Oriente Médio, mas não tem a gravidade dos problemas enfrentados pelos paises europeus.
No contexto atual o Brasil é percebido como uma grande potencia ambiental. Seja pelas suas reservas florestais, principalmente a Amazônia, como pelo tamanho da sua população emissora de gases de efeito estufa.
Depois do acordo com a China, Obama precisava do apoio brasileiro, tanto para ajudar a convencer o seu público interno, como superar o Papa Francisco na liderança mundial em defesa do meio ambiente.
É mais fácil para Obama convencer os países parceiros do que os seus habitantes e empresas.
Conseguiu o seu objetivo, subindo nas costas de Dilma. E essa aceitou, aparentemente, sem perceber que estava fazendo jogo da agenda positiva de Obama, não a sua.
Jorge Hori
Jorge Hori
Articulista