O constrangedor desgaste das Forças Armadas vai refletir diretamente no 7 de setembro
28/08/2023 às 17:08 Ler na área do assinanteQuando Bolsonaro recebeu os processos dos inimigos, um cuidado foi tomado no sentido de poupar as Forças Armadas.
Com um possível acordo de não exposição, o Comando do Exército trabalhou para que o desgaste causado pelas polêmicas do ano passado se dissipasse. Porém, ninguém contava com as imagens vazadas na CNN, onde G.Dias apareceria com invasores. A CPMI ganhou força e o governo teve de fingir contentamento para não expressar a derrota. O Exército continuava preocupado com o andamento da situação.
Com a prisão dos Policiais Militares e de Anderson Torres, novas convocações foram feitas, e o desgaste parecia não parar, com notas dos reservistas e manifestos de antigos membros.
A prisão de Mauro Cid, e as acusações de perfídia, quebravam um vínculo poderoso entre os militares e a direita. Agora a esquerda ia bater mais forte e ninguém mais defenderia. Manutenção dos soldos e reivindicações da defesa, ficariam em último plano para o governo. A notícia de um GSI sem militares era um pesadelo para o Exército.
Mais desgaste aconteceria com as manifestações do Hacker. Múcio, cobrado internamente, começou a questionar todas as declarações envolvendo oficiais. Conflitos com a PF e solicitações a Moraes, começam a incomodar o judiciário. Reuniões de emergência começaram a acontecer. Oficiais da força começaram a procurar deputados de esquerda para convencê-los a desistir das convocações. Alguns desistiram.
O próprio Arthur Maia falou da necessidade do exército ficar fora de crimes cometidos individualmente.
G.Dias será entregue aos leões, e a perseguição a Cid, para tentar incriminar Bolsonaro, vai continuar.
As memórias relacionadas a uma possível defesa contra os comunistas de 64, começaram a desaparecer. O velho verde-oliva, agora desbotado, começa a lembrar um verde-limão.
E nessa limonada que o EB tenta fazer com os problemas da gestão Lula, cada dia que passa, menos açúcar. Nisso, temos a pior das constatações.
Podemos ter o Sete de Setembro mais vazio da história do Brasil.
Victor Vonn Serran
Articulista