O trio de suspeitos dos 5 homicídios, extorsão e orgia em prefeitura petista
25/08/2023 às 16:31 Ler na área do assinanteSão cinco assassinatos brutais ocorridos em Maricá (RJ) que esbarram numa teia de interesses políticos e uma rede de matadores de aluguel.
Vanessa da Matta Andrade, conhecida como "Vanessa Alicate" é amiga de infância de Rodrigo José Barbosa da Silva, o "Rodrigo Negão".
Já "Rodrigo Negão" seria parceiro do policial militar Davi de Souza Esteves, o "subtenente Davi", com quem formava uma dupla de matadores de aluguel que atua em Maricá.
Entre os casos investigados, um deles é o duplo homicídio que vitimou o vereador Ismael Breve de Marins e seu filho, o advogado Thiago André Marins.
Vanessa é acusada de ser mandante do crime e os executores, Rodrigo e Davi.
Vanessa era ex-companheira de Thiago e não teria se conformado em ter a pensão reduzida. O casal tinha uma filha. Ismael teria sido morto por "queima de arquivo".
Os demais crimes atribuídos à dupla Rodrigo e Davi são os assassinatos de dois jornalistas: Robson Ferreira Giorno, morto em maio, e de Romário Barros, no mês seguinte. A outra vítima seria Sidnei da Silva.
De acordo com as investigações, este último foi morto apenas por Rodrigo por vingança — após uma discussão em via pública, poucos dias antes do crime, entre a vítima e a sua ex-cunhada, esposa do acusado.
Acusada de mandar matar o ex-companheiro, o advogado Thiago Marins, "Vanessa Alicate" é descrita no relatório da polícia "como pessoa problemática, de péssima fama na localidade onde vive".
Ela teria recorrido a Rodrigo Negão para ameaçar Thiago num restaurante, quando o ex-companheiro reduziu a pensão que dava para ela e a filha do casal.
Por outro lado, Vanessa teria engravidado do Pastor Renato — identificado como Renato Machado, que ocupa uma cadeira na Assembleia Legislativa do Rio como deputado estadual pelo PT.
O fato, segundo o documento redigido pelos investigadores, foi ‘veiculado pelas mídias locais’ na época. Após a orgia, conforme o relatório, Vanessa ‘teria se aliado ao jornalista Giorno (Robson Giorno) a fim de obter vantagens financeiras e cargos dentro daquele governo municipal, situação que, posteriormente, levou à morte de Giorno’.
Segundo os investigadores, ela receberia um salário de R$ 18 mil como funcionária do Hospital municipal de Maricá.