PGR protagoniza mais um duro capítulo na onda autoritária que assola o país
21/08/2023 às 18:52 Ler na área do assinantePara deixar claro: o que a PGR está chamando de "incitadores" são as pessoas que estavam protestando PACIFICAMENTE em frente aos quarteis. Elas formam o grosso das pessoas PRESAS após o 08 de janeiro.
Não esqueçamos: a decisão que levou a tais prisões alvejava TODOS os manifestantes em frente aos quartéis no Brasil inteiro, mas foi efetivada apenas em Brasília. Fosse cumprida, a decisão teria levado à prisão dezenas de milhares de pessoas.
Foram 1156 dos 1400 presos, que chegaram a ficar meses na cadeia por um suposto crime (art. 286) que traz uma pena máxima de 6 meses de detenção.
A própria PGR indicou à época a ILEGALIDADE da prisão preventiva nesse caso, pois ela só pode ser determinada para crimes que superam penas máximas de 4 anos de cadeia. Mesmo assim, algumas ficaram meses detidas.
Mas essa não é nem a pior ilegalidade de todo o processo.
Em primeiro lugar, essas pessoas foram presas politicamente, pois exerciam o seu direito constitucional ao protesto. Além disso, a elas foi negado o direito ao juízo natural, pois seu processo foi remetido ao Supremo, num dos inúmeros inquéritos abertos de ofício, em que ministros atuam como vítimas, acusadores, investigadores e julgadores, ao mesmo tempo!
Não podemos esquecer que elas foram mantidas em condições desumanas num ginásio por horas a fio, incluindo aí idosos e crianças.
Essas pessoas não tiveram a individualização da conduta avaliada. As acusações e as decisões foram praticamente iguais para todos os casos, ou seja, genéricas, algo vedado pela lei.
Quase todos já foram liberados do cárcere, mas precisam usar tornozeleira eletrônica e estão proibidos de utilizar as redes sociais, além de serem tratados pela militância de redação como terroristas perigosos, mesmo não tendo cometido qualquer ato violento.
O procedimento correto seria anular todos esses processos, o que certamente aconteceria caso essas pessoas fossem traficantes ou outros bandidos, cujas prerrogativas tivessem sido violadas de forma tão patente.
Ou não vimos outro dia o STJ anulando a apreensão de dezenas de quilos de cocaína e a prisão de um traficante, porque nervosismo não seria uma motivação válida para a polícia fazer busca no carro do meliante?
Ao invés de anular as prisões, a PGR quer agora que essas pessoas confessem o crime, paguem pesadas multas, e sejam proibidas de usar as redes sociais por anos, entre outras medidas.
É apenas mais um capítulo da onda autoritária em curso, representada por censura, perseguição e prisões políticas.
Leandro Rushel
Uma pergunta importante: Você acha que o Jornal da Cidade Online está com muita publicidade?
Se a resposta foi “sim”, com certeza você ainda não é nosso assinante. Assinando o JCO você tem a opção de receber todo o nosso conteúdo sem nenhuma publicidade.
E assim você terá a possibilidade de uma leitura mais aprazível e estará apoiando o JCO na nossa luta para desmascarar a velha mídia.
Temos excelentes opções para você! Com apenas R$ 11,99 mensais você será nosso soldado na guerra contra a censura e terá acesso aos conteúdos exclusivos da Revista A Verdade.
Clique no link abaixo:
https://assinante.jornaldacidadeonline.com.br/apresentacao
Outra maneira de apoiar o JCO é comprando o livro "O Fantasma do Alvorada - A Volta à Cena do Crime" que revela assuntos proibidos sobre o "sistema" que domina Brasília. Ele está disponível no nosso parceiro Shopping Conservador:
Basta clicar no link abaixo:
https://shoppingconservador.com.br/o-fantasma-do-alvorada-a-volta-a-cena-do-crime/p
Se quiser, doe qualquer valor pelo pix: pix@jornaldacidadeonline.com.br ou 16.434.831/0001-01.
Siga a página do nosso parceiro, Jornal do Agro Online, no Facebook:
https://www.facebook.com/p/Jornal-do-Agro-Online-100090837996028/
Contamos com você nessa batalha cruel!