Perícia determinada por Moro derruba versão de advogados de Lula

12/02/2017 às 07:36 Ler na área do assinante

O contrato firmado ente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a Construtora OAS, apreendido na ação de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal no apartamento onde Lula reside em São Bernardo do Campo, foi rasurado com o objetivo de ocultar a realidade e omitir que a cobertura tríplex do Guarujá foi um ‘presente’ da empreiteira, cujo valor seria devidamente descontado nos haveres a título de propina devidos ao Partido dos Trabalhadores.

A alegação da defesa do ex-presidente prendia-se ao fato de que Lula teria assinado uma proposta para comprar uma unidade do edifício, e não o tríplex.

A perícia demonstra que o imóvel adquirido foi o tríplex, sem que tivesse havido qualquer pagamento.

A própria proposta de delação premiada do ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, já havia revelado a ‘maracutaia’.

Pinheiro contou que, em 2010, soube que Lula estaria interessado no imóvel. O recado, segundo ele, foi-lhe transmitido por João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT. Vaccari pediu ao empreiteiro que reservasse uma cobertura tríplex do prédio para o ex-presidente. Não houve discussão sobre preços, prazos ou condições de financiamento, por uma razão elementar: não existiu pagamento.

As fotos que ilustram o texto mostram o dia em que Lula e Léo visitavam o 'presentinho' oriundo da propina.

da Redação

Fonte: Revista Veja

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