Qualquer comentário sobre a relação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com sua esposa dona Marisa Letícia, falecida na semana passada, é capaz de gerar uma ira doentia, perigosa e desaforadora de seus fervorosos seguidores, que reverenciam o ex-metalúrgico e acreditam piamente ser ele ‘a alma mais honesta do Brasil’. Não é verdade.
Sobre este aspecto, vale ressaltar o martírio vivido pela renomada jornalista Vera Magalhães, que ousou postar no twitter a seguinte frase: ‘Case com alguém que não use o seu velório para fazer comício’.
Vera foi demonizada pelos petistas, que lhe desejaram ‘um câncer’, xingaram sua mãe e detonaram o seu marido. Um horror! (veja aqui).
Na realidade, nua e crua, Lula durante toda sua trajetória foi um entusiástico adepto da dissimulação, inclusive no seu casamento. O relacionamento conjugal já não existia há muito tempo.
Marisa desempenhava uma figura meramente decorativa ao lado de Lula. Ela aceitou silente a situação.
Mulher de berço humilde e poucas letras, que nunca havia imaginado que pudesse chegar onde chegou, a ex-primeira dama não encarava como humilhação viver a tal ‘figura decorativa’.
Ressalte-se que certamente não foram esses fatos que agravaram o seu estado de saúde.
Na verdade, Marisa vivia um péssimo momento familiar, principalmente com os filhos, em situação de dificuldades emocional, conjugal e financeira.
O mais velho, Marcos Cláudio, enteado de Lula, estava extremamente entristecido, com depressão e recusando tratamento. O revés eleitoral em São Bernardo do Campo estava remoendo sua autoestima. Candidato à reeleição para a Câmara Municipal, sofreu uma fragorosa e inesperada derrota na cidade berço do ‘lulopetismo’.
Fábio Luiz, o ‘Lulinha’, o primogênito de sua união com o ex-presidente, estava cambaleante nos negócios e vivendo uma difícil situação conjugal com a esposa Renata. Ela, inclusive, declarada desafeta da sogra.
O caçula, Luiz Cláudio, alvo da ‘Zelotes’, havia se refugiado no Uruguai. Ele era o ‘xodó’ da mãe.
Além desses fatos, é óbvio que os problemas jurídicos também traziam angústia para Marisa Letícia.
Ela odiava a operação Lava Jato.
Na realidade, tinha plena consciência que o marido estava enfrentando sérias dificuldades, que fatalmente respingariam nela própria.
A família estava totalmente desestruturada.
Marisa realmente estava triste.
Amanda Acosta
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