Gilmar Mendes comanda esquema que pode soltar nesta quarta-feira o réu Eduardo Cunha
08/02/2017 às 07:05 Ler na área do assinanteA quarta-feira, 08 de fevereiro de 2017, promete ser um dia decisivo para a Operação Lava Jato na República de Curitiba.
Capitaneados por Gilmar Mendes, a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal pode mandar soltar Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos deputados, preso há três meses.
Desde que Dias Toffoli assumiu a vaga de Cármen Lúcia na Segunda Turma do STF, aliando-se a Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, formou-se uma maioria pelo fim das longas prisões preventivas decretadas pelo Juiz Sérgio Moro. A ideia é relaxar todas prisões com mais de 60 dias ‘em nome da tradição’.
Com a morte de Teori Zavascki, o agrupamento de "solta-pilantras" ganhou força e pode começar a esfarelar a Lava Jato a partir desta quarta-feira.
Ainda na terça-feira (07), a Segunda Turma do STF manteve a prisão do peixe-miúdo João Cláudio Genu, que escapou da condenação no caso do Mensalão graças à prescrição dos crimes, mas foi parar no xilindró no Petrolão, onde já está condenado a oito anos e oito meses.
No entanto, Gilmar Mendes, após pública ‘tabelinha’ com o amigo Michel Temer, aproveitou o voto e mandou seu recado: ‘Temos um encontro marcado com as alongadas prisões que se determinam em Curitiba. Temos que nos posicionar sobre este tema que conflita com a jurisprudência que desenvolvemos ao longo desses anos’. [Fonte: Folha de S.Paulo]
O objetivo é claro: em nome da tal ‘tradição jurisprudencial do STF’, mandar soltar Eduardo Cunha. A decisão sobre a situação do deputado cassado está pautada para esta quarta-feira (8).
Caso o STF decida soltar Cunha, estará aberta a porteira para tirar do xilindró toda cambada de colarinho-branco que Sérgio Moro conseguiu trancafiar ao longo dos últimos três anos, revelando ao povo brasileiro e ao Mundo o maior esquema de corrupção já registrado na história da humanidade.
O STF, como todos sabemos, tem a ‘tradição’ de não prender. Ao contrário, seus ministros adoram uma impunidade. E desta vez, será que o Brasil ficará calado? Este sim, é o grande golpe.
Coisas de #BananeiraJeitinho!
Helder Caldeira