Após eleger com relativa facilidade os presidentes do Senado e da Câmara e criar três novos ministérios, fazendo as acomodações políticas necessárias para manter o absoluto controle das duas casas legislativas, Michel Temer sentiu-se à vontade para ter o seu ministro do STF de estimação.
Alexandre de Moraes vai para o Supremo Tribunal Federal com a missão de defender os interesses do presidente da República.
É óbvio que, após a posse, com a garantia da vitaliciedade, poderá tentar trilhar o seu caminho com independência. É possível! Afinal, todos os ministros tiveram indicações políticas, notadamente Dias Toffoli, outrora militante petista e no STF fiel protetor dos antigos coleguinhas de facção.
Moraes, ao contrário do petista, tem credenciais para assumir o cargo. Tem conhecimento jurídico e experiência. Ademais, o que é bastante relevante no atual momento do país, é linha dura nas questões que envolvem a punição de crimes e a segurança pública e já garantiu que defende a prisão em segunda instância.
Todavia, fica óbvio que esse sistema de indicação de magistrados pelo chefe do executivo é canhestro e equivocado, inapropriado para uma democracia e para o estabelecimento da verdadeira Justiça.
Gonçalo Mendes Neto
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