A semana que passou foi marcada por uma forte disputa política, que culminou com a aprovação na Câmara dos Deputados da Reforma Tributária.
A ideia não é discutir sobre o conteúdo da Reforma, até porque ela não está definida e ainda seguirá para discussão no Senado. Mesmo assim, deixo meu pedido aos senadores da República, atentem para o Pacto Federativo.
O embate político ficou marcado pela decisão do presidente de honra do PL, Jair Bolsonaro, de se manifestar totalmente contrário à Reforma Tributária apresentada pelo governo Lula.
Contra a força política de Bolsonaro, Lula escalou o próprio presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, amparado por uma liberação recorde de emendas parlamentares (outrora conhecida como ORÇAMENTO SECRETO) de mais de 7,5 bilhões de reais.
Agregado a esta "simbólica" liberação de emendas, Lira foi estimulado por um presente vindo direto de Lisboa, a suspensão da investigação, pelo ministro do STF Gilmar Mendes, envolvendo aliados de Lira, sobre desvios na compra de kits de robótica em 43 municípios de Alagoas.
Mesmo com toda esta força contrária, somadas a recente decisão do TSE em torná-lo inelegível, Bolsonaro reuniu a bancada do PL na Câmara, com a participação de outras importantes lideranças, a exemplo do governador de São Paulo, Tarcísio Freitas, que mesmo já tendo se declarado favorável à 95% da Reforma Tributária e pertencendo ao Republicanos, partido que já havia declarado apoio a reforma, fez uso da palavra e confirmou sua posição.
Ora, atitude mais democrática que está não vi em outra liderança.
A reunião embora fechada, todos que estavam presentes estavam com seus celulares, gravaram tudo, divulgaram sem nenhum problema.
Óbvio que a esquerda se aproveitou para tentar criar uma Ruptura na direita, no grupo liderado por Bolsonaro. Não conseguiu.
A liderança de Jair Bolsonaro continua firme e forte.
Aliás, nunca esteve tão forte e coesa.
Henrique Alves da Rocha
Coronel da Polícia Militar do Estado de Sergipe.