O "negacionismo" do atual governo em relação a Dengue: Quem é o genocida?
05/07/2023 às 09:19 Ler na área do assinanteFui dar uma olhada nos últimos informes semanais do Centro de Operações de Emergências de Arboviroses (COE Arboviroses).
O Brasil registrou 1,38 milhão de casos prováveis de dengue até o início de junho, número que supera mais de 20% dos registrados no mesmo período do ano passado. Ao todo, 15.519 foram casos graves, com 635 resultando em morte.
A vacina japonesa Takeda, já aprovada pela Anvisa, tem eficácia de mais de 80%, mas precisa passar pela Conitec, que além de critérios técnicos, avalia impactos financeiros. Segundo a matéria de O Globo, para Carlos Gadelha, secretário de Ciência, a prioridade no SUS seria a vacina de fabricação nacional, que na prática pode chegar apenas em 2025. Quem pode pagar, já pode ter acesso à japonesa pela rede privada. Quem não pode corre um risco muito sério.
Alexandre Naime Barbosa, Vice presidente do SBI, alerta que o número de óbitos nesse primeiro semestre é mais de 50% de todas as mortes pela doença registradas em 2022, quando houve mais de mil casos. Para ele, risco que poderia ser reduzido caso a vacina fosse imediatamente implementada.
Esperar uma vacina do Instituto Butantan pode custar vidas, e o ministério deve ter sensibilidade para entender que essa vacina é necessária imediatamente para alguns grupos. Bolsonaro foi cobrado na época da pandemia, com uma vacina experimental e até uma CPI foi instalada em uma pressão estratosférica para um presidente da República.
A pergunta que eu faço é:
Quantos parlamentares já protocolaram pedidos de investigação sobre isso?
Quantos influenciadores postaram sobre o assunto?
Por quanto tempo mais seremos reativos as provocações da esquerda, não sabendo cobrar pautas específicas e importantes, quando temos oportunidade?
Cobrem esse governo como deve ser cobrado.
Com rigor.
Se fosse o Bolsonaro, estaríamos no apocalipse das manchetes. O assunto é sério, envolve vidas humanas, e precisa de destaque. Devolvam a pressão na mesma moeda.
Não façam isso só pelo impacto político, mas pela quantidade de pessoas que vocês podem salvar.
Pau que dá em Chico, dá em Francisco, e isso precisa ser garantido.
Victor Vonn Serran
Articulista