A Venezuela é uma ditadura, assim afirmaram o Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
Em 2017 os Estados partes do Mercosul afirmaram que a Venezuela é uma DITADURA.
Sob o regime de exceção de Nicolas Maduro recaía a imputação de "Ruptura da ordem democrática", constituindo assim um obstáculo para a continuidade do processo de integração dos países da América do Sul.
Ao assumir a presidência do Brasil em janeiro de 2023, Lula iniciou (ou tentou) fazer da Venezuela uma suposta vítima do "imperialismo" norte americano, como se fosse uma segunda Cuba.
Além de receber o ditador sanguinário como se fosse o maior democrata das Américas, relativizou o significado de Democracia para justificar a ditadura sanguinária da Venezuela.
Além do criminoso orgulho de ser comunista, Lula tenta reincluir nossa vizinha Venezuela no Mercosul, mesmo violando o Protocolo Ushuaia (Compromisso Democrático do Mercosul).
De 2017 pra cá a situação da Venezuela se agravou ainda mais, aumentando o maior fluxo migratório existente no planeta hoje. Maior inclusive que guerras e conflitos internos.
Mas a imprensa internacional fala muito pouco sobre o tema, pois trata-se de pessoas fugindo do socialismo, ou seja, fugindo da fome. Em última instância, fugindo da morte.
Agregado a isso um relatório recente da ONU desnudou para a comunidade internacional assassinatos, torturas, sequestros, estupros, praticados por funcionários da ditadura venezuelana.
Além do Tribunal Penal Internacional autorizar recentemente a reabertura de investigação por crimes contra a Humanidade na Venezuela.
O que justifica o apadrinhamento de Lula a Venezuela neste momento?
Talvez a tentativa de igualar o Brasil às condições socioeconômicas ao "compañero" Maduro.
Hoje em comum com a Venezuela, o Brasil cassa opositores. Bolsonaro inelegível no Brasil por 8 anos, e Maria Corina Machado inelegível na Venezuela por 15 anos. E por coincidência, ambas decisões no mesmo dia, 30 de junho.
Hoje começa a 62ª Cúpula do Mercosul, em Puerto Iguazú, província de Misiones, na Argentina, amanhã o Presidente Lula participará, devendo assumir a presidência temporaria do Bloco Econômico, e, nos bastidores, iniciará o processo de negociação da reinclusão da Venezuela. A Argentina deve "abrir" para conseguir a liberação de recursos do povo brasileiro para tentar salvar a "assassinada" economia de "los hermanos".
Nos resta a coerência dos presidentes do Paraguai e Uruguai.
Henrique Alves da Rocha
Coronel da Polícia Militar do Estado de Sergipe.