Revelado o macabro "código de conduta" do PCC

28/06/2023 às 06:34 Ler na área do assinante

Foto Reprodução/Internet

Pela ausência absoluta do estado nas periferias e favelas de grandes cidades, coube ao crime organizado (PCC) impor seu código de conduta.

É medieval, mas funciona.

Trata-se de um código de conduta com 45 regras, que é imposto nas regiões que controla no estado de São Paulo. Os moradores dessas regiões periféricas são obrigados a seguir à risca as regras impostas; caso contrário, são enviados para os chamados “tribunais do crime” – e nesses tribunais, não tem recursos, apelações ou embargos, a aplicação da pena é imediata e, muitas vezes, letal.

A peculiar legislação tem aspectos morais: é proibido se envolver com mulheres casadas, ‘usar o nome do PCC em vão’ ou mentir aos líderes da facção.

Mas também tem aspectos ‘criminais’: usar drogas em locais não autorizados, roubar a facção ou moradores da comunidade e estuprar.

Aliás nos casos de estupro, uma vez comprovados, a pena é única: execução imediata.

Casos mais leves como usar drogas em público ou assaltar moradores do bairro podem ser punidos ‘apenas’ com espancamento – deixando claro que a surra é firme, com utilização de pedaços de pau e barras de ferro, exatamente para deixar marcas e hematomas para dar uma satisfação à comunidade.

O PCC criou os tabuleiros; locais onde acontecem esses julgamentos, parecidos com o que é feito pelo Judiciário.

"Todo mundo precisa obedecer à cartilha de conduta, não só o PCC. A facção cobra de toda a periferia, de toda a comunidade em que está presente. Por isso que matam, nos tribunais do crime, os estupradores. É um artigo da cartilha de conduta", declarou Leonardo Romanelli, coordenador do Núcleo de Inteligência e Gestão de Conhecimento do Ministério Público de São Paulo (MPSP).

Um detalhe: para os pedófilos não basta a pena de morte, eles são barbaramente torturados antes de serem executados.

Fica o convite para os parlamentares que veem esses seres abjetos como ‘vitimas’, que visitem as favelas e negociem com o PCC um ‘tratamento mais humano’ para os abusadores de crianças.