O momento é de pressão popular pela quebra do sigilo nas delações da Odebrecht (veja o vídeo)
31/01/2017 às 03:32 Ler na área do assinanteÉ inadmissível o sigilo nas delações da Odebrecht, conforme decisão da presidente do Supremo Tribunal Federal ministra Cármen Lúcia.
Fica a indagação: quem está sendo protegido?
E a ministra caminha na contramão de sua pregação, quando no discurso de posse atropelou o protocolo para saudar ‘sua excelência, o povo’.
Ora, o povo brasileiro tem o direito de saber todos os detalhes e pormenores de todas as investigações em curso no país, que dizem respeito à corrupção e à dilapidação dos cofres públicos. Qualquer tipo de sigilo é absurdo e inaceitável. Especialmente, a ‘delação do fim do mundo’.
Admitindo que o tal ‘sigilo’ seja uma medida de prudência da ministra, até que o Ministério Público conclua as investigações e ofereça as denúncias, o momento atual deve ser de absoluta transparência, daí a necessidade de que todas as informações e tudo o que foi dito pelos delatores seja levado a conhecimento público. Tal 'prudência' é inverossímil.
A cautela na realidade, determina que não se pode arriscar a possibilidade da ocorrência de vazamentos seletivos, o que fatalmente irá acontecer caso a medida esdrúxula seja mantida.
Assim, o momento é de pressão pela quebra do sigilo.
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Claudio Lamachia, definiu com precisão: ‘Nessas horas, a luz do sol é o melhor detergente’.
Amanda Acosta
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