Perderemos nossos direitos políticos com a "captura da democracia"

No dia 22 de julho, espera-se que Jair Bolsonaro, se torne inelegível.

O político que, conforme as pesquisas atuais, possuiria fácil vitória, será impedido de  lançar sua candidatura em 2026 devido a um julgamento que suscita questões.

No dia subsequente, dia 23, prevejo que grande parte da mídia brasileira estará repercutindo a notícia "Bolsonaro perde seus direitos políticos".

Quando na realidade foram 60 milhões de brasileiros, que perderam seu direito de votar em quem consideram ser o melhor candidato.

Quando tal volume de cidadãos é privado de seus direitos políticos, nos deparamos com um cenário preocupante para a democracia.

Condenar Bolsonaro por ter convocado embaixadores para expressar sua preocupação com a transparência das eleições futuras é um abuso.

Uma repreensão poderia ser aceitável, mas uma condenação parece excessiva.

A intenção naquele momento de Bolsonaro era tentar impedir uma potencial manipulação do computador Exadata, um computador pertencente ao Tribunal Superior Eleitoral, capaz de aprendizado de máquina, algo a se meditar.

Bolsonaro acreditava que, declarando ao mundo suas suspeitas, poderia dissuadir eventuais manipulações e a oposição se recolheria caso o mundo tomasse conhecimento da situação.

Apesar da minuciosa análise de sua vida política e pessoal ao longo de quatro anos, nenhuma evidência de corrupção, participação em esquemas de mensalão, ou incremento desnecessário de gastos públicos foi encontrada.

Semelhantemente, os Democratas dos Estados Unidos parecem estar seguindo um roteiro similar com Donald Trump.

Trump, cujo mandato foi marcado pela redução do desemprego na população negra a taxas históricas e pelo combate à imigração ilegal, pode ver seus 74 milhões de apoiadores privados de seus direitos políticos.

Entretanto, poucos parecem estar cientes do verdadeiro cerne da questão.

Com essa série de eventos, fica claro a captura da democracia.

Stephen Kanitz. Consultor de empresas e conferencista brasileiro, mestre em Administração de Empresas da Harvard Business School e bacharel em Contabilidade pela Universidade de São Paulo.

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Contamos com você nessa batalha cruel!