A parada LGBT e a cilada armada contra Tarcísio

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Quando se cria uma grande organização, baseada em uma ideia ou intuito, parte dessa ideia não admite um consenso geral. Assim, sub-grupos se formam, levando apenas parte da ideia inicial, acompanhado de novas premissas ou regras.

Isso acontece com política, esportes, empresas e todo tipo de organização de grupo.

Como a direita ainda não tinha uma identidade sólida, parte do movimento não seguiu Bolsonaro como liderança. Esses sub-grupos dentro do espectro, precisam mais do desgaste do líder mais popular do eixo, que do desgaste de seus antagonistas ideológicos. Não existe outra forma de assumir protagonismo.

Muitos desses grupos estavam contentes com a polêmica plantada sobre o Governador e a parada gay.

Se Tarcísio não financiasse, poderia alimentar grupos radicais e antibolsonaristas, com a narrativa de homofóbico. Se desse mais incentivo, como Doria fez na gestão anterior, poderia sofrer na mão dos “Puristas” que sabem do desgaste causado na pauta pelo âmbito conservador. Tarcísio decidiu manter orçamento original do evento, e com posicionamento discreto, foi a Marcha para Jesus.

Claro que os Puristas atacaram, mas a repercussão foi menor graças à discrição adotada.

Do lado do MBL, Kim Kataguiri vai tentar a prefeitura, assim como Weintraub, da ala patatista. Como é quase certo que Tarcísio apoiará Nunes na saída de Salles, atacar o governador é uma estratégia certa para eles. E claro que a esquerda pega carona no trem da alegria.

Mesmo que venha a se reeleger como Governador, Tarcísio precisa ser um nome disponível para 2026, para manter seu capital político. Como todos sabem disso, os ataques de ambos os lados tendem a intensificar.

E por isso que eu não canso de pedir:

Blindem Tarcísio.

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