Ex-presidiário dá passo crucial para o colapso econômico no Brasil

09/06/2023 às 06:26 Ler na área do assinante

Lula quer mexer em time que está ganhando.

A reforma trabalhista aprovada em 2017 durante a gestão de Michel Temer foi um pequeno avanço no cipoal de leis trabalhistas que limitam a oferta de emprego no Brasil. 

No Brasil, um funcionário que ganha um salário de R$ 5.000,00 custa R$ 7.111,00 para o empregador. E o trabalhador recebe cerca R$ 4.280,00. Ou seja, empregador e empregado perdem para que o Governo ganhe.

Ainda assim, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva quer rever o pequeno avanço na legislação trabalhista.

Para o ministro do Trabalho, Luiz Marinho – um sindicalista que dedicou sua vida a dificultar a vida dos empresários – a reforma trabalhista foi “trágica” e destacou que o governo está incentivando empregadores e trabalhadores a dialogar para encontrar novas propostas.

“O empresariado adora um ‘liberou geral’. Mas isso leva a uma insegurança jurídica e competição desleal entre eles. A questão da terceirização foi feita de forma muito abrangente. E levando a um processo trágico para as relações de trabalho, especialmente no campo”, afirmou Marinho.

O ministro chegou a comparar a terceirização ao trabalho análogo à escravidão. O modelo “também levou a um processo de subcontratações.”

O foco do ministro é a alternativa da terceirização aprovada em 2017. Na segunda-feira 5, em um evento em Belo Horizonte, o ministro disse que um grupo está sendo montado para analisar a legislação da reforma trabalhista e propor mudanças.

“É missão desse grupo reorganizar-se para dar voz aos trabalhadores, em especial nas negociações de contrato coletivo”, disse Marinho, sobre a reforma trabalhista. “Dizer que um trabalhador individualmente vai substituir uma negociação coletiva é conversa para boi dormir, ou seja, nós temos que revisar”, afirmou o ministro.

MINISTÉRIO DO TRABALHO TEM SACO DE MALDADES

Na sua incansável luta pela volta do ‘atraso’ o ministro ainda criticou as empresas de delivery por aplicativo. Ele classificou a relação de trabalho como “aberração”.

“Quando se falava em novas tecnologias, o pensamento era que isso seria acompanhado por uma redução da jornada de trabalho. E vemos que ela está apropriada pelo capital para explorar ainda mais a sociedade. Precisamos então questionar: é para isso que queremos as novas tecnologias?”, atacou.

E como ninguém é de ferro, o ministro do Trabalho vai passar o final de semana prolongado em Genebra, na Suíça. Mas ele vai a trabalho, claro, vai participar da Conferência Internacional do Trabalho.

Como maldade pouca é bobagem, Luiz Marinho também insiste no fim da antecipação do saque-aniversário. Essa medida funciona como um empréstimo bancário, com teto de juros de 2,05% ao mês. Em contraste, o cheque especial custava, em média, 7,15% ao mês em março, e o rotativo do cartão de crédito quase 15%. Afinal esse dinheiro é do estado e não do trabalhador, que no entender do ministro, só deve contribuir e não dar palpite.

Enquanto o Ministro pensa em novas formas de sangrar as empresas através de (mais) impostos, taxas e regulações; centenas de milhares de empresas cerram as portas no Brasil e demitem em massa. 

Eduardo Negrão

Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.

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