Petista, presidente do BNDES reconhece ‘calote’ da Venezuela e tenta amenizar prejuízo bilionário (veja o vídeo)
06/06/2023 às 19:11 Ler na área do assinanteA pergunta feita pela jornalista da Globo, Delis Ortiz, ao narcoditador Nicolás Maduro, durante sua estadia no Brasil, semana passada, ficou marcada na memória.
Ela queria saber sobre a expectativa de retomada dos pagamentos da dívida bilionária contraída pelo país com o BNDES.
Na resposta, carregada de desdém, o autoritário governante disse que ‘iria constituir uma comissão para analisar e, ‘se havia’ mesmo algo a ser pago.
Como todos sabem, Delis acabaria recebendo ainda uma outra resposta, mais dura, ‘que doeu como um soco no peito’!
Pois o presidente do BNDES, o petista Aloizio Mercadante acaba de trazer uma nova e derradeira resposta, de que o país caribenho não tem, absolutamente, como pagar e já foram iniciadas as negociações para buscar outras formas de compensar o calote.
Segundo reportagem da Jovem Pan, a Venezuela deverá usar energia e petróleo para pagar a dívida com o Brasil.
"A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 5, pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante. De acordo com ele, o país comandado por Nicolás Maduro dificilmente terá dinheiro para quitar o débito. Mercadante esclareceu que os passivos com o BNDES já foram quase integralmente cobertos por meio do Fundo de Garantia à Exportação (FGE).
O banco informou que a Venezuela recebeu em contratos de apoio a exportação e serviço de engenharia por parte do BNDES US$ 1,5 bilhão ao longo dos últimos anos. Ao todo, US$ 40 milhões serão indenizados via FGE. O saldo devedor é de US$ 84 milhões. Até agora, já foram indenizados pelo FGE US$ 682 milhões em prestações em atraso da Venezuela”, esclarece a reportagem.
Mercadante alegou ainda que a forte crise social e econômica do país foi a justificativa para o calote e tentou explicar como o pagamento será feito por meio de ‘energia’:
Importávamos energia deles por Roraima e foi suspenso. Assim que se estabelecer, isso pode ser considerado, por exemplo, como pagamento da dívida”, disse o presidente do BNDES
Segundo a matéria da Jovem Pan, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad vai criar um grupo de trabalho para consolidar a dívida da Venezuela com o Brasil e organizar a programação de pagamento dos débitos.
Tudo, por enquanto, muito pouco profundo e sem detalhes.
No total, foram 6 empréstimos realizados pela Venezuela junto ao BNDES entre 2001 e 2015.
Segundo levantamento publicado pela BBC, no final de maio,
"Os débitos da Venezuela junto ao governo brasileiro soma US$ 1.268.151.276,81, sendo US$ 1.095.002.908,09 referente a valores já indenizados pelo Fundo de Garantia à Exportação (FGE) e US$ 53.987.162,42, referentes a indenizações a serem pagas pelo FGE".
O Fundo de Garantia à Exportação é um fundo de natureza contábil vinculado ao Ministério da Fazenda. Ele foi criado em setembro de 1997 para cobrir operações amparadas pelo Seguro de Crédito à Exportação (SCE).
Em resumo, em caso de inadimplência, o dinheiro para bancar o calote de outros países junto ao BNDES, sai dos cofres do Tesouro Nacional.
Um soco no peito do contribuinte!
Veja o vídeo:
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