A nova perseguição do ditador Ortega contra cristãos na Nicarágua

Blasfêmia! É o único adjetivo cabível para a perseguição injustificada que o ditador nicaraguense está impondo aos padres e bispos católicos no país.

E olha que 80% da população nicaraguense é cristã. 

O caudilho Daniel Ortega – que já foi elogiado nas redes sociais pelo perfil oficial do PT – bloqueou contas das 3 maiores dioceses da Nicarágua.

A diocese da capital, Manágua, presidida pelo cardeal Leopoldo Brenes, e as de Matagalpa e Estelí, dirigidas pelo encarcerado bispo Rolando Álvarez, que em fevereiro foi condenado a mais de 26 anos de prisão por crimes vagamente classificados considerados “traição contra a pátria”.

Martha Patricia Molina, pesquisadora exilada da Nicarágua, tentou fazer transferências bancárias para as contas da Arquidiocese de Manágua.

“Verifique se a conta inserida está correta e tente novamente”, “Sua transferência não pôde ser realizada” e “Conta inválida” são, entre outras, as mensagens que surgem na tela quando se tenta fazer uma transferência para as contas da Arquidiocese de Manágua, segundo Molina.

É exatamente isso que a ditadura nicaraguense quer evitar, com a perseguição aos líderes católicos, fieis de outros países começaram a enviar auxílio financeiro, uma onde global de solidariedade.

Em convulsão social desde 2018, que se agravou após as polêmicas eleições gerais de novembro de 2021, sabidamente fraudadas, quando Daniel Ortega foi reeleito pela quinta vez, o quarto mandato consecutivo.

Claro que para vencer Ortega simplesmente mandou prender todos seus adversários. Lembra que falamos que o PT parabenizou o ditador, foi exatamente por essa ‘vitória eleitoral’ em 2021.

Félix Maradiaga, importante voz da oposição afirmou:

“O bloqueio das contas bancárias de várias dioceses da Igreja Católica na Nicarágua é um ato extremo de agressão e perseguição. Também é uma declaração explícita das verdadeiras aspirações da ditadura: calar e dissolver completamente a voz e até a presença de uma instituição que, por seu peso moral na Nicarágua, é um obstáculo nos planos dos Ortega-Murillo, de consolidar uma ditadura dinástica. É hora de a comunidade internacional entrar na fase de total desconhecimento do regime.”

Numa reação bastante tímida, Papa Francisco, líder máximo da igreja católica, chegou inclusive a classificar o governo sandinista como “ditadura grosseira”.

É pouco, o Santo Padre se empenhou muito mais na defesa de Lula na esfera internacional, por exemplo.