Improvisada e ineficaz, proposta de 'carro popular' de Lula coloca Alckmin 'contra o governo'

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A notícia de que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, que ocupa o ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio, não estão se entendendo nos bastidores do governo Lula foi divulgada pela revista Crusoé.

O motivo é a malfadada proposta para baixar, na marra, o preço dos carros de ‘categoria básica’ no Brasil.

Alckmin queria um programa de médio a longo prazo, no que chamou de a volta dos ‘carros populares, com descontos maiores e o ‘sonho’ de baixar o valor dos veículos mais baratos, atualmente acima de R$ 70 mil, para faixa dos R$ 50 mil reais.

Mas Haddad entrou no circuito e vetou, preocupado com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF):

“Para atender a uma exigência do presidente Lula, a equipe de Alckmin traçou um plano para a chamada “volta dos carros populares”. Contudo, a pasta de Haddad concluiu que o projeto desrespeitaria a regra fiscal e barrou o texto, que nem sequer foi enviado para a análise da Casa Civil.”, publicou a Crusoé

Segundo reportagem de O Globo, o programa, lançado nesta quinta-feira (25) já está marcado pelo improviso:

“O programa para reduzir o preço dos carros populares ainda é alvo de discussões dentro do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não bateu o martelo sobre como irá pagar a conta. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) exige compensação com aumento de receita em outra área em medidas desse tipo, mas isso não foi cumprido na medida provisória (MP) desenhada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), comandado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin. Essa situação levou ao adiamento da publicação da MP, quando as medidas de fato entrarão em vigor.”

Sobre o prazo, Fernando Haddad disse que a medida não é de longo prazo e foi desenhada somente para conter o fechamento de fábricas automotivas e dar fluxo aos estoques.

"Estou falando de um programa que vai durar de três a quatro meses, não de uma coisa estrutural, mas que pode segurar o fechamento de plantas (fábricas) nessa transição. Você segura a onda no momento que está difícil para o setor", comentou Haddad, em entrevista à GloboNews.

Em resumo, a redução será de até 10,96% e válida para automóveis que custam, hoje, até R$ 120 mil

O preço final do carro mais barato no país, poderá chegar, assim, a cerca de R$ 60 mil e por um período que não ultrapassará os quatro meses.

Um valor que, ‘de popular’, não tem nada, em uma medida atabalhoada, ineficaz e desesperada de um desgoverno confuso e que busca, de qualquer jeito, mostrar que veio para ‘fazer pelo mais pobre’, mas não consegue sequer pagar as próprias contas.

Quanto a Alckmin, ele sofre uma grande derrota, inclusive política, considerando que poderia explorar de maneira pessoal se conseguisse aprovar um bom desconto nos carros populares.

Mas ficou claro que ele está ali só como peça figurativa e jamais terá a confiança do PT

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da Redação Ler comentários e comentar