O dono do hotel Emiliano, Carlos Alberto Filgueiras, era na realidade um ‘lobista’, extremamente bem relacionado e com inúmeros negócios e negociatas no mundo político e financeiro.
Utilizava o seu reduto em Paraty para receber convidados ilustres com quem tinha pretensões que envolviam dinheiro, muito dinheiro. No aconchego, no conforto e na privacidade do local tinha absoluta tranquilidade para negociar.
Neste domingo (22), no ‘Fantástico’ o filho de Filgueiras, deixou bem claro que era a primeira vez que o ministro voava com seu pai.
O que faz um ministro, sair de Brasília, na véspera de homologar a ‘delação do fim do mundo’, para ir a uma propriedade deserta com um lobista?
O que iriam conversar? Com quem iriam encontrar?
O Ministro, de férias, iria descansar, sozinho, com o tal Filgueiras?
Só ele e o cara? Sem familiares? Sem a namorada?
Teori saiu de Brasília num voo comercial para ir para São Paulo.
Na sequência, caso pretendesse o descanso, entraria numa rota de voo dessa?
Ora, tudo indica que foram tramar algo.
O Guido Mantega, no réveillon de 2006 para 2007, foi hospede de Filgueiras em Paraty. Este fato fortaleceu o empresário como lobista perante a Orcrim. Ganhou muito dinheiro e pretendia ganhar muito mais.
Porém, pelo visto, a Orcrim achou um caminho mais rápido e menos custoso para se livrar de algum problema.
É o que parece...
Gonçalo Mendes Neto
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