Quando percebi muitas críticas do pessoal da direita na aprovação do Marco Fiscal, preferi silenciar, por entender que algum acordo poderia ser feito entre os deputados nessa margem de tempo. E embora Lula não possa mais ser responsabilizado criminalmente pelos gastos fora do teto, outras leis paralelas eram criadas quase que na surdina, para aumentar as penalidades para agentes públicos.
Lira viu que Marina tinha se oposto a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, causando uma crise interna no governo, e aproveitou o momento para pautar os projetos que batiam de frente com inimigos do Agro, negociando isso na aprovação para o Marco Fiscal. Era um ataque forte a base do governo, que queria negociar tudo rápido, para sair da crise dos primeiros meses.
Lira vai manter os projetos do governo que agradem o Congresso para garantir emendas, mas vai barrar o que for polêmico.
Não se importando com a votação do STF na semana que vem, impôs a urgência da PL 490, que fez esquerdistas e progressistas engolirem um sapo do tamanho de um prédio.
Pensando em 2026, A volta de Ciro e a revolta de Marina, mostram que a esquerda já movimenta peças.
Do lado da direita, grupos como o MBL e o Vem Pra Rua, já começam a se deslocar convocando manifestações, usando a cassação de Deltan, para ganhar parte dos bolsonaristas.
Devemos até manter resistência ao judiciário para barrar abusos contra parlamentares, mas acho equivocado sair às ruas por Deltan, visto seu passado isentão e os planos da terceira via para levantar Alckmin, que sempre foi o candidato do Kim Katacoquinho.
Na minha opinião sincera, não devemos sair as ruas agora. Quando Daniel foi cassado e os patriotas foram presos, o MBL e o Vem Pra Rua não fizeram manifestações. Inclusive eu já disse, que fazer manifestação agora é queimar cartucho. Essa manifestação, que deve vir sem bandeira como a de 2013, vai acontecer quando o lance ficar insustentável.
Até lá, o ideal é ficar quietinho e bater no rim, até o nocaute do “L” chegar.
Pois até lá, o único “L” que deve vigorar, é o L de Lira.
Victor Vonn Serran
Articulista