Caso o ativismo politico chegue ao extremo de tornar Bolsonaro inelegível – o que seria um total absurdo considerando a situação legal do atual presidente Lula – as lideranças conservadoras já têm um plano B.
A chapa presidencial alternativa seria muito promissora: a cabeça de chapa seria ocupada por Tarcísio de Freitas (Rep) e a ex-primeira-dama Michelle faria dobradinha como vice.
Pesquisas iniciais foram consideradas “animadoras”: o caráter técnico de Tarcísio associado ao apelo popular de Michelle podem até superar o forte apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Fontes sinalizam que até o ex-presidente vê essa alternativa com bons olhos.
O sempre bem informado colunista Claudio Humberto publicou o seguinte em sua coluna:
“Interlocutores do ex-presidente acham que seus inimigos nos tribunais e no governo vão à forra impedindo uma nova candidatura, em 2026.”
O Ministério Público Eleitoral já defendeu a inelegibilidade de Bolsonaro pela reunião com embaixadores do Planalto. Ministros do TSE exultaram.
Depois da declaração aterrorizante de Gilmar Mendes no Programa Roda Viva:
“De fato o Supremo atrapalhou os planos do governo Bolsonaro, mas atrapalhou para o bem’”.
Uma afirmação dessas num país genuinamente democrático causaria uma crise institucional e não deixa dúvidas da posição do Judiciário em relação a Jair Bolsonaro.
Claro que uma atitude radical dessas, contra um líder de reputação ilibada e extremamente popular como Bolsonaro causaria ondas de choque cujas consequências seriam difíceis de prever.
De qualquer forma Tarcísio vem se provando um excelente gestor e tem uma aprovação superior à de Lula em São Paulo. O governador paulista tem se consolidado como a principal liderança conservadora após o ex-chefe. Some-se a isso a imagem muito positiva desde os tempos de primeira-dama, Michelle acrescenta nacionalmente a densidade eleitoral que falta a Tarcísio. E ainda atrai um eleitorado que se mostrou reticente em relação à Bolsonaro, o eleitorado feminino.
Eduardo Negrão
Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.