Quando Gramsci começou ser aplicado pelos progressistas, todos os meios de comunicação foram cooptados e aparelhados, no sentido de intermediar e induzir as discussões públicas sobre quase tudo que existia, inclusive sobre a política das nações.
Mas a internet era algo novo, e as redes sociais eram democráticas demais no sentido da construção da opinião. Assim, por incrível que pareça não houve tempo suficiente para cooptar ou manobrar esse novo meio de comunicação, e o resultado disso foi a polarização que englobou o mundo a partir de 2010.
Mas claro que as plataformas de tecnologia não eram heroínas da democracia. Quando perceberam que poderiam sofrer problemas políticos pelo uso livre das redes, deixaram parte dos usuários serem moderados por agências de checagem, e distribuíram selos para verificar os mais ‘aptos’ para levar informação. Claro que isso não acalmou os vermelhos e os governos autoritários.
Vamos lembrar que a proposta de regulação das mídias começou na Austrália, e no Canadá. Era preciso fortalecer o jornalismo intermediador, financiando conteúdos dos grandes oligopólios de comunicação, criando barreiras para as mídias novas, classificando essas como Fake News. Assim não só o dinheiro voltaria, como o controle da opinião pública.
Porém, quando as plataformas perceberam que pagariam fortunas para empresários de comunicação, abandonaram as posições antigas e se empenharam na “Luta pela liberdade de expressão”.
Aceitar a regulação proposta dos governos, fariam elas pagarem muito, muito mais. A remoção dos links de notícias de grandes veículos foi a estratégia que obrigou os grandes jornais a negociar com as plataformas, que pagaram uma fração ridícula do que foi indicado nas propostas governamentais.
O resultado com os acordos foi que conteúdos jornalísticos de veículos undergrounds foram impulsionados por trazerem a reprodução dos grandes, grandes esses que tiveram alcance reduzido para não receberem tanto das plataformas. Justamente o contrário do que as autoridades esperavam.
Aprovando ou não essa porcaria, acaba sendo só mais um tiro no pé. E nem a luva do Thanos ameniza para o governo ou para o líder dos “Vingadores” essa derrota.
Victor Vonn Serran
Articulista