Ao vivo na Globo, Jorge Pontual foge à regra e surpreende colegas: ‘Fico surpreso de ver jornalista defender censura” (veja o vídeo)
13/05/2023 às 17:00 Ler na área do assinante
Reprodução TV Globo
A situação, uma verdadeira saia justa, ocorreu em programação ao vivo na Globo News, enquanto noticiavam a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de suspender e multar a plataforma de mídias sociais Telegram, após a empresa ter divulgado uma mensagem em que alertava para os riscos da aprovação do Projeto de Lei 2630 aqui no Brasil, o PL das Fake News, também conhecido como PL da Censura.
Falando diretamente de Londres, onde atua como chefe de redação e repórter, Jorge Pontual deixou os demais colegas sem chão ao revelar que o Telegram é a principal ‘fonte’ de captação e circulação de notícias, por exemplo, da guerra entre Rússia e Ucrânia:
“É impossível cobrir essa guerra sem o Telegram. O presidente (Volodymyr) Zelensky usa o Telegram para divulgar seus vídeos, todas as informações em tempo real do que está acontecendo na Ucrânia vem via Telegram, nenhuma outra rede está fazendo isso. Eu recebo milhares de mensgens via Telegram e assim eu posso cobrir a guerra".
Pontual foi além e afirmou diante de todos que ‘vive em país livre onde há plena liberdade de informação e a Constituição proíbe que medidas como essa sejam tomadas’ e que nem mesmo nos Estados Unidos, onde Donald Trump, quando era presidente, foi possível levar a curso uma tentativa de bloqueio da plataforma chinesa Tik Tok:
“Pela Constituição americana , uma autoridade não pode decidir o que é verdade ou mentira. Cabe às pessoas decidirem”, ratificou o correspondente internacional da Globo.
E citou ainda um exemplo de como a lei deve agir quando há crime na internet:
“O que se faz nos Estados Unidos, onde não é proibido usar a internet para a pedofilia. Quem usa, é encontrado e a polícia vai atrás e prende. E tem muita gente cumprindo pena. Não tem como tirar a internet do ar, o correto é punir os criminosos que usam a internet”.
E concluiu, como uma bomba na cabeça dos que o acompanhavam, embasbacados:
“É um absurdo o que aconteceu… é uma censura e eu fico surpreso de ver jornalista defender censura”
Vale não só a pena assistir, como também mostrar para aquele seu vizinho, parente ou ‘amigo’ que fez o L:
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