Anderson Torres está preso desde 14 de janeiro no 4º Batalhão da Polícia Militar no Guará, região administrativa do Distrito Federal, por suposta "omissão" nos atos de 8 de janeiro.
Não me lembro de nenhum agente público preso por ‘omissão’ – aliás, temos vários agentes públicos réus confessos por corrupção, soltos por aí.
Na época, ele era secretário (licenciado) de Segurança Pública do Distrito Federal. A prisão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado é relator na Corte das investigações sobre os ataques.
O mais estranho é que o titular da pasta naquele período era o também delegado Fernando de Souza Oliveira, que não sofreu nenhuma sanção.
No sábado passado, 06/05, cinco senadores visitaram Anderson Torres Rogério Marinho (PL-RN), Magno Malta (PL-ES), Eduardo Gomes (PL-TO), Jorge Seif (PL-SC) e Márcio Bittar (União-AC) e saíram emocionados com a injustiça da qual ele é vitima:
“Ele é uma pessoa muito ligada à família, e está tendo consciência de que realmente essa situação já passou todos os limites. Ele tem muita fé em Deus”, disse o senador Eduardo Girão (Novo-CE).
Jorge Seif (PL-SC) gravou um vídeo e expressou emoção ao relatar a visita. Ele pediu ainda orações pelo ex-ministro.
"A gente está falando de um ser humano. (…) Tudo contra o Anderson é 'suposto', 'suposta omissão', 'suposto ataque antidemocrático'… é tudo suposição. E uma prisão provisória, preventiva, não pode demorar tanto tempo assim. O cara está magro, seco, barbudo. (…) O cara está detonado, especialmente, emocionalmente. (…) Eu peço a vocês: orem pelo nosso irmão, Anderson Torres. Orem pelo homem, pelo homem, pelo ser humano, orem pela família dele", protestou o senador catarinense.
Os juristas são unânimes em dizer que as acusações que pesam sobre Torres são circunstanciais e que em hipótese nenhuma justificariam a prisão de um réu primário, com residência fixa e local de trabalho conhecido.
O senador Rogério Marinho (PL-RN) também mostrou irritação com o caso:
"Acabamos de sair de uma visita ao ex ministro Anderson Torres,que se encontra preso há mais de 4 meses em prisão temporária ,hoje 5 senadores que representam os 42 que assinaram o documento solicitando o acesso, para nós a libertação de Anderson é um ato de justiça e de humanidade", tuitou.
Anderson deveria ter recebido a visita de sete senadores e não de cinco, mas, curiosamente, os senadores Marcos do Val ( POD-ES) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ) tiveram o acesso vetado pelo ministro Alexandre de Moraes.
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