Já está se tornando rotina... O ex-presidiário Lula viaja ao exterior e na vã tentativa de lacrar, dá uma bola fora com repercussão internacional.
Mal-acostumado com a imprensa chapa-branca brasileira que sempre edita suas declarações, passando um pano espetacular para os absurdos dito por Lula – vide a Globonews.
Dessa vez, depois de acompanhar, perdido, uma cerimônia tradicionalíssima, cheia de signos, ladeado pela nata da monarquia europeia, na coroação do rei Charles III, em Londres, o presidente Lula resolveu criticar a prisão do cyber-terrorista australiano Julian Assange:
"É uma vergonha que um jornalista que denunciou as falcatruas de um Estado contra outro esteja preso, condenado a morrer em uma cadeia, o cara não denunciou nada vulgar. O cara denunciou que um Estado vigiava outros. E isso virou crime contra o jornalista?"
É muita cara de pau, de um cara que jurou "foder" um juiz que só cumpriu o seu trabalho ao prender um doleiro, Alberto Youssef, criminoso reincidente – se isso levou a Lava-Jato e se Lula e seus acólitos tinham relações com o tal doleiro, não é culpa do magistrado, mas sim de quem se envolveu em falcatruas.
E, para além disso, Lula estava questionando o próprio governo inglês que o convidou para o evento, pois atualmente, Assange está sob tutela do Reino Unido, na prisão de segurança máxima de Belmarsh, em Londres. No ano passado, o governo britânico aprovou a extradição dele aos Estados Unidos — o australiano é acusado de espionagem após a divulgação de dados confidenciais do país. Lula, aliás, entre os mais de 60 líderes e chefes de estado presentes em Londres, foi o único a ser objeto de uma manifestação hostil. Brasileiros, venezuelanos, cubanos residentes na Inglaterra perseguiram Lula, por toda Londres, na porta do seu hotel, na embaixada brasileira, na casa do 1º ministro inglês – com ofensas, vaias, megafones etc.
Eduardo Negrão
Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.